Carolina Furtado é estudante do Programa Doutoral em Engenharia Mecânica (Foto: DR)

Carolina Furtado, estudante do 3.º ano do Programa Doutoral em Engenharia Mecânica da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) e investigadora do Instituto de Ciência e Inovação em Engenharia Mecânica e Engenharia Industrial (INEGI), conquistou um dos prémios de maior prestígio internacional na área da Engenharia Aeronáutica e Aeroespacial – o ‘Amelia Earhart Fellowship’ 2018-2019.

Atribuído anualmente a 30 estudantes de doutoramento de qualquer nacionalidade, o prémio Amelia Earthart dirige-se apenas a mulheres com um percurso académico excecional e que desenvolvam trabalho na área da Engenharia Aeroespacial e Aeronáutica.

A estudante da FEUP foi a única portuguesa reconhecida com o prémio em 2018. E para a conquista em muito contribuiu o trabalho desenvolvido no âmbito da sua tese de Doutoramento. Inserida num projeto de investigação do MIT-Portugal, intitulado Introdução de Tecnologias Baseadas em Materiais Avançados nas Indústrias da Mobilidade (IAMAT), a tese da Carolina é orientada para o desenvolvimento de novos materiais compósitos, com a utilização de laminados ultra-finos e nano-tubos de carbono, que se têm revelado de grande interesse para a indústria aeronáutica.

O facto de ter sido distinguida com este prémio representa para a estudante “um reconhecimento do meu percurso académico e um elogio às Escolas por onde passei, aos meus Professores e a todos os colegas com quem tive o privilégio de trabalhar”. Além disso, esta distinção é “a afirmação de que o meu projeto de doutoramento é relevante e de grande interesse para a indústria. Isso dá-me uma enorme satisfação”, reflete.

A cerimónia de entrega do prémio vai decorrer em local ainda a designar, entre outubro e dezembro deste ano.

Sabia que…

Amelia Mary Earhart foi pioneira na aviação dos Estados Unidos, autora e defensora dos direitos das mulheres? Nascida em 1897, Earhart foi a primeira mulher a voar sozinha sobre o oceano Atlântico. Além disso, estabeleceu diversos recordes, escreveu livros sobre suas experiências de voo, e foi essencial na formação de organizações para mulheres que desejavam pilotar. Amelia desapareceu no oceano Pacífico em 1937, enquanto tentava realizar um voo à volta do mundo.