Após uns meses de interregno, o Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP) e o Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC), em parceria com o jornal PÚBLICO,  acabam de relançar os Diários de uma Pandemia, um estudo que tem como objetivo estudar a evolução da vida dos portugueses, ao longo da pandemia de COVID-19.

Seguindo a lógica da chamada Ciência Cidadã (do inglês Citizen Science), e numa altura em que o país enfrenta um novo confinamento, pede-se novamente aos portugueses que respondam diariamente a um conjunto de perguntas, para ajudar os investigadores a compreenderem o presente e a preverem o futuro da pandemia, no país.

As questões colocadas no questionário deste novo volume dos Diários de uma Pandemia são semelhantes às da primeira fase e, por isso, será possível perceber o que mudou, ou não, nas nossas vidas, desde então. Tal como no ano passado, para além dos questionários diários, há ainda um módulo semanal com perguntas relacionadas com o bem-estar dos respondentes.

Todos os participantes que indicaram estar disponíveis para retomar a participação nos Diários serão contactados via e-mail. Mas, as pessoas que desejem participar pela primeira vez no estudo, podem fazê-lo, mesmo que não tenham preenchido questionários anteriores.

Mais de 13 mil cidadãos já participaram

A primeira fase dos Diários de uma Pandemia foi lançada em março de 2020. Entre março e agosto, mais de 13 mil cidadãos portugueses, com idades entre os 16 e os 92 anos, aceitaram preencher mais de 350 mil questionários.

“Através do seu contributo conseguimos compreender melhor o impacto da COVID-19 na vida dos cidadãos em Portugal e, assim, reunir informação útil para compreender o presente e prever o futuro da pandemia e as suas consequências”, destaca a equipa do projeto, em jeito de agradecimento.

Na verdade, através do seu contributo, foi possível saber mais sobre como evoluíram, nos meses em análise, a ocorrência de sintomas sugestivos e de infeção pelo novo coronavírus, a utilização de testes de diagnóstico e de anticorpos, o recurso aos cuidados de saúde, os contactos sociais e as atividades do dia-a-dia (fossem elas de trabalho ou lazer), e a evolução do bem-estar dos participantes.

Os resultados do estudo foram divulgados em primeira mão pelo jornal PÚBLICO e estão também disponíveis sob a forma de relatório nos websites das entidades responsáveis (ISPUP e INESC TEC).