“O meu sonho é ser engenheiro. Espero daqui a uns anos ter um produto inventado por mim que seja um grande sucesso. Que chegue a todo o mundo e ajude várias pessoas na área da saúde ou nos problemas simples do dia-a-dia”. Tiago Teixeira tem 16 anos, é de Aveiro e vai frequentar, pela primeira vez, um estágio no INESC TEC, no âmbito da Ciência Viva no Laboratório.

Tiago é um dos quatro jovens do Ensino Secundário que estão a participar no estágio Como vai ser a Inteligência Artificial em 2030?, no INESC TEC, que teve início esta segunda-feira, 15 de julho e termina dia 20 de julho.

O lançamento do programa de estágios científicos para alunos do ensino secundário terá nesta terça-feira, 16 de julho, a presença do Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, da Presidente da Ciência Viva, Rosalia Vargas, e do Presidente da Comissão Executiva do INESC TEC, João Claro, no i&ilab – industry and innovation lab, do INESC TEC.

A edição deste ano da Ciência Viva no Laboratório conta com mais de 300 estágios, em 68 instituições e vai chegar a cerca de 1050 estudantes do 9.º ao 12.º ano.

No INESC TEC, os participantes no estágio Como vai ser a Inteligência Artificial em 2030? vão passar por várias oficinas especializadas em inteligência artificial, reconhecimento de imagem e voz, e algumas visitas externas. No final da semana, os quatro jovens entre os 15 e os 18 anos vão apresentar um projeto de inteligência artificial com grande impacto em 2030.

Carmen Silva, outra das participantes, não podia estar mais contente: “Eu adoro um montão de coisas, desde Direito, investigação, tecnologia. Tudo me cativa! Foi complicado escolher apenas um estágio porque havia vários, muito interessantes. No entanto a inteligência artificial será uma área que vai evoluir muito no futuro e abrir novos horizontes”.

No extremo oposto está o “benjamim” do grupo, Rúben Leal. Com apenas 15 anos, é perentório: “Já estou decidido no que quero seguir, sendo engenharia biomédica a minha primeira opção”. O estágio vai funcionar como uma iniciação ao futuro que o espera. “Vamos acabar o secundário dentro de pouco tempo. É muito importante ter, já nesta fase, um contacto com a comunidade científica”.

Desde 1997, o programa Ciência Viva no Laboratório – Ocupação Científica de Jovens nas Férias já envolveu mais de 16000 alunos que frequentaram estágios científicos em laboratórios de instituições de todo o país.

Participar neste programa é uma experiência que marca o futuro dos “estagiários”, quer este passe pela ciência quer não. Inês Luzio, 24 anos, atualmente professora no Conservatório de Música de Coimbra, toca eufónio e há sete anos participou no estágio À descoberta do meu lado empreendedor, promovido pelo INESC TEC. “Só agora me apercebi como este estágio foi importante para mim”, diz, surpreendida. “A música é uma atividade altamente empreendedora. Aprendi conceitos naquele estágio que aplico hoje em dia, como a análise SWOT, os procedimentos financeiros e a elaboração de projetos. O que faço hoje em dia não está diretamente relacionado com o estágio mas foi extremamente útil”.

Com cobertura nacional, o programa Ciência Viva no Laboratório – Ocupação Científica de Jovens nas Férias é uma oportunidade única para os estudantes terem um contacto direto com o trabalho de investigação em laboratórios e instituições científicas. Para além de aplicarem os seus conhecimentos, vão conhecer novas áreas e, quem sabe, descobrir o que querem fazer no futuro.