“É nas situações adversas que a grandeza da nossa Universidade se afirma com mais veemência”. As palavras do Reitor da Universidade do Porto, António de Sousa Pereira, naquela que seria a sua intervenção na sessão solene do Dia da Universidade 2020 ecoam mais forte nos dias que correm.

De facto, não haverá situações muito mais adversas do que aquelas em que o país e o mundo se encontram no 109.º aniversário da Universidade do Porto. Contudo, apesar das atividades letivas presenciais suspensas, apesar do estado de emergência estabelecido em Portugal e apesar da pandemia que grassa pelo mundo, o “extraordinário passado e o auspicioso futuro da U.Porto” não poderia deixar de ser comemorado.

Apesar de cancelada a Sessão Solene do Dia da Universidade – por razões óbvias –, o aniversário da Universidade do Porto foi celebrado por via digital com uma cerimónia virtual aberta a todos em up.pt/dia-uporto, onde estão reunidas as intervenções previstas para o Dia da Universidade, mas também reconhecidos os membros da comunidade académica que seriam homenageados na sessão originalmente agendada para 23 de março.

No entanto, é com as palavras “esperança” e “otimismo” que o Reitor da U.Porto encerra a sua intervenção. Num texto em que é feito o balanço do último ano e perspetivado o futuro da instituição, António de Sousa Pereira aponta os “eixos de governação” que serão prioritários para o próximo ano e seguintes: melhoria da qualidade da formação; integração académica dos novos estudantes; saúde e desporto para todos; reforço da coesão interna; internacionalização; densificação da massa crítica; afirmação da excelência científica; alargamento da multi e transdisciplinaridade; valorização do conhecimento e da sua transferência para a sociedade; maior interação com a sociedade.

Elogio à união

Metas para o futuro próximo da Universidade do Porto que vão em consonância com a estratégia delineada para “conseguir elevar a qualidade e notoriedade da instituição, assim como a sua afirmação no espaço internacional”. Isto num ano em que a U.Porto quebrou pela primeira vez a barreira dos 6.000 estudantes internacionais, integrou alguns dos mais significativos consórcios internacionais de universidades, lançou novos programas de integração e promoção do bem-estar dos seus estudantes e novas ações de melhoria da qualidade de ensino.

Objetivos que, como António de Sousa Pereira faz questão de realçar, só foram possíveis de alcançar com a colaboração institucional de todos os órgãos de governo da Universidade e respetivas faculdades, mas, particularmente, com o alto nível de desempenho profissional dos docentes, investigadores e colaboradores da U.Porto.

“Convém lembrar que as instituições de ensino superior figuram entre os setores mais penalizados pela contenção orçamental, pela burocracia centralizadora e pela desvalorização salarial do funcionalismo público. [Docentes, investigadores, técnicos e funcionários] Merecem, pois, o nosso especial reconhecimento pelo serviço que prestam à causa pública”, remata o Reitor.

Prémios distinguem excelência da U.Porto

O Reitor não foi o único órgão de governo que intervém no Dia da Universidade. Este é também o momento do Conselho Geral e do Conselho de Curadores fazerem o seu balanço da ação da instituição dos últimos 12 meses, nas pessoas dos seus presidentes, Artur Santos Silva e Miguel Cadilhe, respetivamente.

Também os estudantes e colaboradores da U.Porto usam habitualmente da palavra na habitual sessão solene do Dia da Universidade. Os estudantes são este ano representados por Marcos Alves Teixeira, estudante da Faculdade de Farmácia e Presidente da Federação Académica do Porto (FAP), enquanto a responsabilidade de representar os mais de 4.000 funcionários da U.Porto ficou nas palavras de Fátima Lisboa, técnica da Faculdade de Letras da U.Porto.

Contudo, a intervenção de fundo da sessão fica habitualmente reservado a um orador convidado. A honra coube este ano a Elisa Ferreira, a nova Comissária Europeia portuguesa que é simultaneamente antiga estudante e docente da U.Porto. Licenciada pela FEP, onde desenvolveu toda a sua carreira docente, a economista portuense integra o colégio de comissários da União Europeia que tomou posse em dezembro última, assumindo a pasta da Coesão e das Reformas.

Mas nunca é de mais relembrar que a celebração do aniversário da Universidade do Porto é, antes de mais, um pretexto para homenagear a excelência dos seus estudantes, docentes, investigadores e colaboradores, reconhecendo publicamente aqueles que mais se destacaram no ano anterior.

Um reconhecimento que surge através da atribuição de galardões como o Prémio Incentivo, destinado distingue os melhores estudantes de primeiro ano, o Prémio Cidadania Ativa, que distingue quatro estudantes pela sua participação em atividades extracurriculares de cidadania, ou o Prémio Excelência Científica, que este ano distingue Pedro Camanho, docente da FEUP e investigador do INEGI.  Mas é também tempo da proclamação dos mais recentes Professores Eméritos da U.Porto, uma honra que este ano coube a Anne Marie Fontaine, António Augusto Fernandes, António Fernando Silva, Eugénio da Costa Oliveira e José Sarsfield Cabral.

Todos eles, prontos a serem apresentados e (re)conhecidos, em up.pt/dia-uporto.