Esquema do ESPRESSO (Echelle SPectrogaph for Rocky Exoplanet and Stable Spectroscopic Observations), um espectrógrafo de alta resolução, a ser instalado no VLT (ESO). O Consórcio responsável pelo desenvolvimento e construção do ESPRESSO é constituído por instituições científicas de Portugal, Itália, Suíça, Espanha, e o ESO. A participação portuguesa está a cargo do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA). Crédito: Gabriel Perez Díaz (IAC Servicio Multimedia)

Esquema do ESPRESSO (Echelle SPectrogaph for Rocky Exoplanet and Stable Spectroscopic Observations), um espectrógrafo de alta resolução, a ser instalado no VLT (ESO). Crédito: Gabriel Perez Díaz (IAC Servicio Multimedia)

De 9 a 11 de dezembro, o Pavilhão do Conhecimento – Ciência Viva será o palco da ESPRESSO Progress Meeting. Organizado pelo Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA), este encontro reúne os maiores peritos, para discutir o espectrógrafo ESPRESSO, o mais preciso instrumento da próxima geração, que irá detetar outras Terras e testar a universalidade das leis da física.

Para Nuno Cardoso Santos (IA e Universidade do Porto), um dos investigadores principais do instrumento: “o ESPRESSO não só vai permitir descobrir planetas semelhantes à Terra, ou estudar a variabilidade das constantes fundamentais da Física, como será também uma peça essencial para complementar dados da missão espacial PLATO, da Agência Espacial Europeia (ESA), na qual o IA também participa. É por isso um instrumento que colocará o IA numa posição de grande destaque a nível internacional.”

Santos coescreveu com o Professor Michel Mayor e Christophe Lovis um artigo de revisão na revista Nature, que descreve como a combinação de instrumentos como o ESPRESSO e o PLATO irá permitir a caracterização de planetas rochosos na zona de habitabilidade de outras estrelas.

A ser instalado no Very Large Telescope (VLT), do Observatório Europeu do Sul (ESO), a construção deste instrumento está a cargo de um consórcio entre Portugal, Itália, Suíça e Espanha, sendo a participação portuguesa assegurada pelo Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA).

Segundo Alexandre Cabral (IA e Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa), “já começaram os trabalhos no Paranal, nomeadamente na instalação do Isolamento Térmico, da estrutura do front-end do instrumento, e na instalação dos primeiros suportes para as lentes do sistema coudé train, que está a ser construído pelo IA e cuja instalação no Paranal começou em Agosto deste ano.”

Acerca da participação do IA, Cabral acrescenta ainda que: Em 2015 teremos 5 missões ao Paranal, onde toda a mecânica deverá ficar pronta para a instalação final dos elementos óticos, que estão neste momento a ser fabricados pela Europa fora.”

Além dos investigadores do IA, que organizam o Meeting, este conta ainda com participantes do ESO, Observatório de Genebra, Instituto de Astrofísica da Canárias e INAF, entre outros.