É uma aliança para a inovação do ensino em engenharia que reúne 13 parceiros de oito países europeus e que representam as diferentes facetas da profissão de engenheiro. O projeto “Engineers for Europe” arrancou recentemente em Bruxelas e, nos próximos 36 meses, pretende estabelecer o Conselho Europeu de Competências de Engenharia, capaz de identificar tendências e necessidades futuras em competências para engenheiros. O objetivo passa também por desenvolver formação inovadora em quatro áreas de competências transversais para a profissão.

Cofinanciado pelo Programa Erasmus+, o projeto também designado por E4E, arrancou com um kickoff meeting em Bruxelas, que contou com a participação de João Pedro Pêgo, Coordenador do Laboratório de Ensino e Aprendizagem (LEA) e de Ana Freitas, da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP).

Com mais de 10 anos de experiência em inovação pedagógica e atualmente a implementar um ambicioso programa de competências transversais para 4 mil estudantes/ano, a FEUP desempenhará um papel crucial na implementação do projeto E4E, sobretudo ao nível dos contributos para o desenvolvimento da estrutura e governação do Conselho Europeu de Competências de Engenharia na antecipação das inadequações entre os currículos de engenharia e as competências que estes promovem e as necessidades da profissão de engenheiro.

Pretende-se desta forma contribuir para a avaliação da evolução da profissão de engenheiro para poder identificar desafios e oportunidades e ainda contribuir para a Estratégia de Competências para a profissão de engenheiro europeu.

 O “kickoff meeting” do projeto E4E juntou os representantes dos diferentes parceiros em Bruxelas. (Foto: DR)

De realçar que será da responsabilidade da FEUP o pacote relativo à formação especializada em quatro áreas de competências: “verdes” (sustentabilidade), transformação digital, empreendedorismo e transversais (soft skills) no âmbito deste projeto coordenado pela FEANI.

Na União Europeia (EU), a profissão de engenheiro é confrontada com mudanças estruturais e incompatibilidades com lacunas crescentes nas competências transversais, tão procuradas pelas entidades empregadoras.  É um desafio aproximar a educação e o mundo do trabalho. Documentos oficiais de políticas da UE e pesquisas internacionais corroboram esses desafios e identificam uma escassez de “engenheiros socialmente orientados”, cronicamente necessários para atender às metas da UE para 2030 e 2050.