Tecnologia nascida no âmbito do projeto WinDSC tem uma durabilidade superior a 25 anos e é mais eficaz a recuperar energia.

A conversão direta da luz solar em energia elétrica constitui uma importante estratégia na geração de energia renovável e sustentável. É sob esta premissa que a EFACEC e a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) vêm trabalhando desde 2007, no desenvolvimento e investigação sobre células sensibilizadas com corante (DSC). Um percurso que conheceu novo impulso no passado dia 20 de janeiro, com a inauguração das novas instalações do Laboratório de Investigação da Efacec-FEUP  no Centro de Inovação do Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto (UPTEC).

Promovido em parceria com a CIN, CUF-QI, EDP-Renováveis e a Universidade do Minho, este laboratório / projeto pioneiro  deu os primeiros passos pela mão de Alberto Barbosa e do docente da FEUP Adélio Mendes. Desde então, o WinDSC tem procurado resolver os aspetos críticos para a introdução no mercado das DSCs e, desta forma, permitir a sua produção comercial.

As DSCs são uma tecnologia de células fotovoltaicas emergente, ainda não disponível comercialmente e com um elevado potencial de crescimento. Para além do baixo custo de fabrico, apresentam múltiplas vantagens relativamente à tecnologia de silício: possibilitam a fácil integração arquitetónica em aplicações BIPV (Building Integrated Photovoltaics), tirando partido da radiação solar incidente não perpendicular; facilitam a construção de elementos arquitetónicos versáteis devido à sua transparência (ex. aplicação em fachadas e janelas), com diferentes cores e depositadas em substratos flexíveis; e é uma tecnologia ”limpa” pois as matérias-primas usadas no seu fabrico são abundantes e não tóxicas.

No decorrer das investigações e testes, uma das maiores limitações encontradas prendia-se com a selagem eficaz e duradoura das células. A Efacec, em colaboração com a FEUP, foi pioneira a nível mundial ao desenvolver uma tecnologia eficaz de soldadura com vidro assistida com laser. Foi desenvolvido um processo de soldadura com vidro das DSCs, assistido por laser, que resolve o problema dos níveis de estabilidade exigidos de pelo menos 20 anos.

A parceria Efacec-FEUP permitiu que se alcançasse uma série de avanços tecnológicos que poderão garantir vantagem tecnológica rumo à produção e comercialização internacional das DSCs. Uma mais valia que se pretende agora potenciar com a instalação do projeto no UPTEC.