Helder Gomes Cancela é Professor na Faculdade de Belas Artes da U.Porto. (Foto: Relógio D’Água)

As Pessoas do Drama, título do mais recente romance de H.G. Cancela, nome literário de Hélder Gomes Cancela, escritor e docente da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto (FBAUP), conquistou o Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores (APE)/ Direcção-Geral do Livro, Arquivos e Bibliotecas, relativo ao ano de 2017. Entre os 72 livros candidatos, a obra de H.G. Cancela foi a escolhida para receber o prémio monetário no valor de 15 mil euros.

O júri do prémio – constituído por Isabel Cristina Mateus, Isabel Ponce de Leão, José Carlos Seabra Pereira, José Manuel de Vasconcelos e Paula Mendes Coelho – foi consensual na escolha da obra editada pela Relógio d’Água. A decisão sustenta-se, sobretudo na ” leitura crítica da História e da Cultura europeia na sua relação com a cultura árabe, através de uma temática poderosa (a culpa, a impunidade, o drama, o olhar, o incesto, a tensão e a violência familiares) e de uma revisitação de personagens e de mitos do nosso património cultural ocidental”, lê-se na ata da APE.

Responsável pela área científica de Estética e investigador do Instituto de Investigação em Arte, Design e Sociedade (i3ADS), Helder Gomes Cancela é autor de obras como Anunciação(1999), De Re Rustica (2011), o livro de poesia Novembro(2003) e os ensaios Relativismo Axiológico e Arte Contemporânea: Critérios de Receção Crítica das Obras de Arte (2004) e O Exercício da Violência. A Arte enquanto Tempo (2014).

Nascido em 1967, Helder Gomes Cancela estudou Filosofia na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, onde concluiu o doutoramento, em Filosofia Contemporânea. Está na FBAUP desde 2000, tendo assumido, há três anos, a liderança do Departamento de Ciências da Arte e do Design. O docente  junta-se, agora, a nomes como Vergílio Ferreira, António Lobo Antunes, Mário Cláudio, Agustina Bessa-Luís, Maria Gabriela Llansol e Ana Margarida de Carvalho, distinguidos, nos últimos anos, pela Associação Portuguesa de Escritores.