É já no próximo dia 28 de fevereiro que a cidade do Porto vai acolher a Conferência Internacional de lançamento do Projeto Best4OlderLGBTI Best Interest for the Older LGBTI, intitulada “Sexualidade no Envelhecimento: Tempo para Igualdade e Inclusão”. A iniciativa, que conta com o apoio do CINTESIS – Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde, terá como palco o Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS) da Universidade do Porto.

De acordo com a organização, esta conferência irá abordar “o problema da discriminação com base na idade, orientação sexual, identidade de género, expressão de género e características sexuais das pessoas mais velhas”.

O evento é destinado a profissionais de saúde e sociais, Organizações Não Governamentais, ativistas dos direitos LGBTI, stakeholders e público em geral. A inscrição pode ser feita aqui.

O Projeto Best4OlderLGBTI visa lutar contra a discriminação e promover os direitos das pessoas mais velhas LGBTI (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais, Transgéneros ou Intersexo), através da sensibilização de diferentes grupos, contribuindo para uma sociedade mais inclusiva.

A campanha será desenvolvida em seis Estados Membros (Portugal, Itália, Grécia, Irlanda, Holanda e Romênia), tendo em conta a diminuição da desigualdade e da discriminação em serviços públicos, cuidados de saúde e sociais, bem como o encorajamento da denúncia destes casos.

Em Portugal, o Projeto é desenvolvido pelo Centro de Atendimento e Serviços 050+ (CAS050+), uma organização dirigida por Constança Paúl, investigadora do CINTESIS, e focada na prossecução de iniciativas de promoção da saúde e bem-estar, envelhecimento ativo e qualidade de vida entre os idosos.

A iniciativa tem o CINTESIS e o ICBAS como parceiros e apoio da União Europeia, através do Programa Direitos, Igualdade e Cidadania (Rights, Equality and Citizenship – REC Programme).

Em 2015, o “Eurobarometer Survey on Discrimination” mostrou que a discriminação com base na orientação sexual era a segunda principal forma de discriminação na União Europeia (58%), seguida pela discriminação pela identidade de género (56%) e pela discriminação pela idade (42%). Com o envelhecimento da população, existe naturalmente um cada vez maior número de idosos que sofrem com estereótipos e ataques aos seus direitos sexuais.