Ao contrário dos derrames de hidrocarbonetos, maioria dos países não têm, ainda, um plano de contingência totalmente efetivo para dar resposta a acidentes de derrames de HNS. (Foto: CEDRE)

O consórcio internacional  MARINER, que tem a participação do grupo Endocrine disruptors and Emergent Contaminants do Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental (CIIMAR) da Universidade do Porto, foi reconhecido pela União Europeia como o melhor projeto do Atlântico 2018 por reforçar a cooperação na planificação, preparação e resposta a derrames de substâncias químicas nocivas e potencialmente perigosas (HNS) no oceano. Este prémio foi recebido durante a 5th Atlantic Stakeholder Plataform Conference e reconhece o “excelente sucesso” do projeto pela sua relevância para a implementação do Plano de Acão do Atlântico, neste caso no âmbito da cooperação internacional.

O projeto MARINER – Enhancing HNS preparedness through training and exercising– destacou-se por desenvolver resultados tangíveis na melhoria da preparação e resposta a derrames de HNS, com a vantagem de poderem ser adaptados a várias áreas geográficas. As ações do MARINER que se desenvolvem no âmbito de um consórcio internacional, possibilitaram capitalizar, transformar e difundir conhecimento sobre HNS, bem como na melhoria dos protocolos de resposta face a derrames.

Mas o projeto vai mais além e desenvolveu estratégias de divulgação e consciencialização, materiais e ferramentas de treino, de forma a promover a preparação e ação rápida das autoridades competentes e das equipas de combate à poluição no caso de um derrame. O grupo Endocrine disruptors and Emergent Contaminants do CIIMAR teve uma ação fundamental no desenvolvimento de novas ferramentas para prever o impacto ambiental dos derrames de HNS em ambiente marinho.

O MARINER envolve a participação de sete instituições de quatro países Europeus, incluindo Portugal (CIIMAR e Bentley Systems), Espanha (CETMAR, INTECMAR, Universidade de VIgo), França (CEDRE) e Reino Unido (Public Health of England), e é co-financiado pela União Europeia no quadro do Mecanismo de Proteção Civil da União Europeia (DG-ECHO). O projeto conta, ainda, com o apoio de um órgão consultivo composto por autoridades e especialistas dos vários países participantes