A Associação BIOPOLIS/ CIBIO-InBIO (Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos, InBIO Laboratório Associado da Universidade do Porto) é uma das 22 instituições parceiras do NaturaConnect, um projeto recentemente aprovado no âmbito do programa Horizonte Europa, e que tem como fim a conceção de uma rede natural que ligará as diferentes áreas protegidas da Europa.

Este projeto, que em Portugal envolve também a Universidade de Évora, tem as suas raízes no compromisso estabelecido pelos Estados-Membros da União Europeia em outubro de 2020, no sentido de proteger pelo menos 30% da área terrestre e marítima da União Europeia e assegurar a proteção estrita de pelo menos um terço dessas áreas protegidas.

Uma das linhas fundamentais desta estratégia passa precisamente por “desenvolver uma Rede Transeuropeia de Natureza coerente (TEN-N) que funcione como um sistema interligado formado por corredores ecológicos entre áreas naturais e seminaturais, e que, se gerida adequadamente, pode proporcionar uma ampla gama de benefícios para a biodiversidade e para as pessoas”, explica o CIBIO-InBIO em comunicado.

É neste quadro que o NaturaConnect assume o propósito de apoiar os governos da União Europeia e outras instituições públicas e privadas na “conceção de uma rede natural transeuropeia coerente, resiliente e bem interligada”.

“Esta é uma oportunidade de estarmos na linha da frente do design da futura rede de áreas protegidas europeias e dos corredores que as vão interligar”, aponta Francisco Moreira, coordenador da equipa CIBIO no projeto.

“Esperamos também, em colaboração com a Universidade de Évora, poder dar o apoio às autoridades portuguesas com responsabilidades na identificação da futura Rede Natura 2000 ao nível do país, bem como providenciar a capacitação técnica que possa vir a ser necessária para esse objetivo”, acrescenta o responsável.

Assente num “trabalho colaborativo com gestores de áreas protegidas, organizações ligadas à conservação da natureza, e outros intervenientes”, a ação da equipa do projeto conduzirá atividades de investigação e implementará ações para envolvimento de todos as partes interessadas. Ações que, segundo o CIBIO-InBIO, ” conduzirão à identificação e conexão das melhores áreas a proteger e assim contribuir para uma maior preservação da biodiversidade e adaptação às alterações climáticas”.