Mais de três meses depois do encerramento motivado pelas medidas de contenção da pandemia de Covid-19, a Casa Comum da Reitoria da Universidade do Porto vai finalmente reabrir as suas portas ao público no próximo dia 22 de junho, segunda-feira. E fá-lo com o que de melhor sabe e tem para oferecer: um programa de atividades culturais diversificado e aberto a toda a cidade.

O regresso do mais recente espaço cultural da U.Porto está agendado para as 18h00 e inclui a inauguração de duas exposições nas galerias da Casa Comum. A primeira tem como título Lirismo ou Vontade de Resistência e convida os visitantes a explorar o universo do desenho arquitetónico. A “guiá-los” estará um conjunto de trabalhos da autoria do arquiteto Telmo Castro, docente da Escola Superior Artística do Porto e estudante do doutoramento em Artes Plásticas pela Faculdade de Belas Artes da U.Porto (FBAUP).

Já a Galeria II vai acolher cerca de 70 trabalhos que concorreram ao Prémio Especial de Caricatura – Albert Eintein, integrado na 22.ª edição do PortoCartoon. Provenientes dos quatro cantos do mundo, os desenhos em exposição terão como denominador comum a figura do Nobel da Física (1921) e autor da teoria da relatividade.

Com entrada livre, ambas as exposições ficarão patentes ao público de 23 de junho a 18 de setembro, podendo ser visitadas de segunda-feira a sexta-feira, das 10h00 às 13h00 e das 15h00 às 18h00, e ao sábado, das 15h00 às 18h00.

Entre os trabalhos em exibição inclui-se o vencedor do 1.º Prémio Especial Caricatura (Einstein) do PortoCartoon, da autoria do brasileiro Augusto Filho. (Foto: DR)

Ao som do piano

Após a inauguração das exposições, caberá ao pianista Constantin Sandu “desenferrujar” o piano da Casa Comum com a interpretação das célebres Sonatas para piano de Ludwig van Beethoven, compositor que “celebra” 250 anos em 2020.

Marcado para as 18h30, o concerto do também docente da Escola Superior de Música e das Artes do Espectáculo do Porto (ESMAE) assinala igualmente o arranque do ciclo de concertos “Música na Cidade”.

A entrada no espetáculo é gratuita, mediante reserva antecipada de lugar e apresentação do bilhete no telemóvel.

Seguindo as diretivas da Direção-Geral da Saúde (DGS) para a realização de espetáculos, a capacidade da sala para este concerto é de apenas 25 lugares.

O espaço que faltava na cidade

“Há revoluções que se fazem em silêncio. A nossa vai fazer-se com música, movimento, imagens luminosas e ideias emancipadas”. Foi desta forma que a Vice-Reitora da U.Porto com o pelouro da Cultura, Fátima Vieira, definiu o “manifesto” da Casa Comum, por ocasião da inauguração daquele espaço, em abril de 2019,

O certo é que a Casa rapidamente se afirmou como “um farol de pensamento e de criatividade”, através de uma programação cultural diária, onde não faltaram concertos, performances, ciclos de cinema, teatro, ciclos de poesia, conversas, seminários, workshops, exposições, ou atividades educativas para crianças, num total de perto de 300 eventos abertos à sociedade.

As sessões do ciclo de poesia “Ouvir, 59 minutos de imersão poética” foram um dos pontos altos do primeiro ano de vida da Casa Comum. (Foto: U.Porto)

Mais recentemente, foi já em confinamento que a Casa Comum celebrou o seu primeiro aniversário. Este foi assinalado com o lançamento de um novo website que tem servido como extensão do programa cultural e científico que a Casa tem vindo a desenvolver desde a sua abertura.

Para além da agenda de eventos, a nova plataforma disponibiliza ainda vários podcasts, a partir dos quais se convida os ouvintes “a refletir a contemporaneidade”.

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