Onde nasceu Fernão de Magalhães? Conforme as fontes, há teorias várias. Francisco Marques defende que o navegador responsável pela primeira viagem de circum-navegação é natural da cidade do Porto. A questão vai estar em discussão no próximo dia 11 de novembro, quando forem 18h00, na Casa Comum (à Reitoria) da Universidade do Porto, durante a sessão de lançamento de Fernão de Magalhães, Cidadão do Porto. Para além do autor, o debate vai ter como interlocutores a antiga ministra da Cultura, Isabel Pires de Lima, e José Cruz Santos, da editora Modo de Ler.

Inicialmente integrado como um dos capítulos da publicação Alguns Livros da Minha Biblioteca e Outras Histórias V, eis que Fernão Magalhães Cidadão do Porto surge agora editado, isoladamente, em livro. Este trabalho de Francisco Marques coloca-nos perante a personalidade, o percurso de vida, o trajeto que fez, os sucessos, e os insucessos do grande navegador. Um discurso que se vai concentrando nas questões relacionadas com a naturalidade de Fernão de Magalhães.

Deu a conhecer “o segredo mais bem guardado pelo nosso planeta Terra”, escreve o autor, ao revelar que, afinal, dispomos de “estrada que liga a terra de uma ponta à outra”. A 28 de novembro de 2020 completam-se “quinhentos anos que Fernão de Magalhães, vindo do Atlântico, deixa o estreito, que acabará de descobrir, e entra no Oceano, que batiza de Pacífico”. O estreito tem hoje o seu nome (O Estreito de Magalhães e foi o primeiro europeu a navegar no Pacífico. E “a humanidade jamais esqueceu o seu herói”, acrescenta Francisco Marques. Foi ao serviço do Rei de Castela que Magalhães comandou a expedição marítima que resultou na primeira circum-navegação ao globo.

O incógnito, onde cabia praticamente o mundo todo, a vontade indómita de o explorar e a necessidade de rotas que descobrissem especiarias funcionaram de motor à expansão marítima e às viagens de descobrimento de novas terras das quais fizeram parte personalidades como Cristóvão Colombo, Bartolomeu Dias, Américo Vespúcio, Balboa, Vasco da Gama, Pedro Álvares Cabral e, claro, Fernão de Magalhães.

Sabrosa, Ponte da Barca e Porto reclamam a naturalidade do navegador, sendo que esta última hipótese é, precisamente, a aposta de Francisco Marques. Em causa está um testamento de Fernão de Magalhães em que o próprio se declara “vizinho da cidade do Porto”.

Sobre o autor

José Francisco Brás Marques, conhecido pelo nome profissional de Francisco Marques, nasceu na freguesia de Marinhas, concelho de Esposende, cidade onde vive. É licenciado em Direito e advogado de profissão.

Um confesso “inveterado amante de livros e de música”, tem já vários títulos publicados, entre eles: O Nosso Avô Viriato, Quatro Cardeais Portugueses em Roma, A Mãe de Eça de Queirós, Santo Ivo Patrono dos Advogados e Frey Serafim de Freitas versus Hugo Grócio.

Da coleção Alguns Livros da Minha Biblioteca e Outras Histórias já saíram 6 volumes, encontrando-se o sétimo em revisão de provas e o oitavo em gestação.