11 de dezembro de 1972. Quatro dias depois de descolarem Centro Espacial John F. Kennedy, os norte-americanos Eugene Cernan, Ronald Evans e Harrison Schmitt chegam à Lua. Depois deles, mais ninguém. Culminava assim a missão Apollo 17, a mesma que será recordada na última sessão do ciclo 50 anos | Missões Tripuladas à Lua, a decorrer no próximo dia 10 de dezembro, na Casa Comum (à Reitoria) da Universidade Porto.

Calha a um sábado, e não poderia haver melhor motivo para o fazer sair de casa e olhar para o céu. Pode entrar à vontade, porque vamos continuar “com a cabeça na lua”.  Após a última viagem espacial tripulada para além da órbita terrestre, vamos ouvir e conversar com duas das mentes mais “astronautas” que habitam o planeta. Falamos de Carlos Fiolhais (físico, professor universitário, ensaísta e comunicador de ciência) e Miguel Gonçalves (comunicador de ciência). A descolagem está marcada para as 21h30 e tem entrada livre.

Para nos colocar na frequência certa, a noite vai arrancar com a projeção de um vídeo do projeto de divulgação científica Universo Prependicular, de Fábio Silva, pós-graduado em Ciências da Comunicação pela Universidade do Porto (2013).

O projeto comunica ciências do espaço nas redes sociais, procurando ângulos criativos e acessíveis, e tem já mais de 40 mil seguidores. Colabora com diferentes escolas na promoção do conhecimento científico.

Os pilotos da noite

A celebração do cinquentenário da chegada da Humanidade ao mais próximo astro do nosso Sistema Solar levanta muitas questões sobre projetos futuros e o modo como olhamos para nós e para o nosso planeta. Para nos ajudar a perspetivar, projetar e imaginar vamos ter connosco Carlos Fiolhais.

Licenciado em Física na Universidade de Coimbra (1978) e doutorado em Física Teórica pela Universidade Goethe, Frankfurt (1982), é autor de mais de 60 livros pedagógicos e de divulgação científica e de numerosos artigos científicos, pedagógicos e de divulgação, um dos quais é o mais citado de sempre de autores em Portugal. Ganhou, entre outras distinções, os prémios: Mérito do Ministério da Ciência e Tecnologia (2022), José Mariano Gago da SPA (2018), Ciência Viva-Montepio (2017), o Globo de Ouro de Mérito e Excelência em Ciência da SIC (2005), a Ordem do Infante D. Henrique (2005), Inovação do Forum III Milénio (2006) e Rómulo de Carvalho da Universidade de Évora (2006). Foi fundador e diretor do Rómulo – Centro Ciência Viva da Universidade de Coimbra e dirige a coleção Ciência Aberta da Gradiva.

A mediar a conversa estará Miguel Gonçalves, antigo estudante de Física/Matemática Aplicada (ramo de Astronomia) da Faculdade de Ciências da U.Porto.

Formador e comunicador de Ciência, trabalhou como monitor do planetário portátil do Planetário do Porto e em 1997 foi convidado para Coordenador Nacional da The Planetary Society (Sociedade Planetária), a maior agência espacial não governamental do Mundo, cargo que ocupou até Fevereiro de 2019. Trabalhou durante quase 10 anos no mundo editorial e livreiro.

Atualmente, apresenta a rubrica da RTP1/3/África/Internacional “A Última Fronteira” inserido no programa noticioso “Bom Dia Portugal” e foi também comentador de Astronomia e Exploração Espacial do “Jornal 2” (RTP2) e do “24 Horas” (RTP3). É cronista da revista “JN História” e integra o Conselho Consultivo do Instituto Geofísico da U.Porto (IGUP).

Com esta “viagem” dedicada à Apollo 17 encerra-se então o programa de sete sessões  – organizadas pelo Planetário do Porto – Centro de Ciência Viva, em parceria com o Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA) e a Casa Comum da U.Porto – que desafiam os participantes a reviver as várias missões tripuladas à lua. As datas coincidiram com os cinquentenários das seis missões com alunagens concretizadas e da missão com a alunagem abortada.