Com uma lotação limitada, mas com novos serviços e todas as medidas necessárias para garantir a segurança e o bem-estar de todos . É com esta “promessa” que as nove cantinas e restantes unidades de alimentação da Universidade do Porto reabrem esta segunda-feira, 21 de setembro, a tempo do arranque das atividades letivas na grande maioria das 14 faculdades da U.Porto.

À semelhança dos restantes espaços da Universidade, também as cantinas reabrem com novas regras de segurança e higiene, definidas no quadro do plano de contingência da U.Porto para fazer face à pandemia de Covid.19.

Entre as medidas adotadas destaca-se a redução da lotação das unidades para cerca de um quarto dos lugares sentados (25%), de modo a assegurar o distanciamento social recomendado entre os utilizadores. “De acordo com o que levantamento que fizemos junto das faculdades relativamente às atividades presenciais, teremos muito menos pessoas na Universidade do que era normal. Daí que estejamos à espera de uma diminuição de procura”, salienta Susana Ribeiro, coordenadora da área de alimentação dos Serviços de Ação Social da U.Porto (SASUP).

Contudo, e de modo a garantir que todos os que o desejem possam fazer as suas refeições nos espaços da Universidade, as cantinas passam agora a disponibilizar um serviço de take-away. “No fundo, damos a hipótese de os utilizadores poderem fazer a sua refeição nas cantinas, ou, caso se sintam mais confortáveis, ou porque a lotação do espaço não o permite , possam fazê-las noutros locais”.

Acessível nas nove cantinas geridas pelos SASUP, o novo serviço de take-away tem um custo adicional de 0,70 euros – “para suportar  os gastos com as embalagens” – face ao preço da refeição social, que se mantém nos 2,7o euros. Ainda assim, Susana Ribeiro acredita que “com os lugares sentados que temos, e com o serviço de take-away, vamos poder dar resposta às necessidades de todos os membros da comunidade académica”.

“Serviço social esteve sempre garantido”

Mas há outras mudanças a ter em conta no novo funcionamento das unidades de alimentação da U.Porto. Para além do uso obrigatório de máscara (exceto no momento da refeição propriamente dito), os utilizadores deparar-se-ão agora com circuitos de circulação devidamente assinalados, de forma a evitar os cruzamentos de pessoas.

Outras medidas incluem o reforço da higienização das instalações, a disponibilização de solução para desinfeção das mãos à entrada dos espaços, a substituição dos secadores das mãos por toalhetes de papel, ou a definição de salas de isolamento para casos suspeitos de infeção.

As novas regras abrangem igualmente os funcionários das cantinas, que passam a estar “fardados” com equipamento de proteção individual devidamente certificado. “Investimos fortemente na formação dos trabalhadores, não apenas no domínio da segurança alimentar, que já é algo que fazemos regulamente, mas também naquilo que são as medidas preventivas da Covid-19″, assegura Susana Ribeiro.

Recorde-se que a grande maioria das unidades de alimentação da U.Porto foram encerradas em março passado, de forma a minimizar o risco de propagação do novo coronavírus,  A exceção foram as cantinas de Letras (Campo Alegre) e Medicina (Asprela), que permaneceram em atividade durante e após todo o período de confinamento.

“Foram mais do que suficientes para a procura que tivemos”, assegura a responsável dos SASUP , enaltecendo que “este serviço social esteve sempre garantido aos estudantes e à restante comunidade da Universidade”.

Residências e serviços de saúde também estão operacionais

Para além das unidades de alimentação, também as residências universitárias, os serviços de apoio médico e os e-learning cafés geridos pelos SASUP estarão em pleno funcionamento neste arranque do novo ano letivo.

No que toca ao Alojamento, a principal alteração prende-se com o decréscimo de cerca de 15% (145) do número de camas disponíveis – de 991 para 846 -, de forma a assegurar o distanciamento social entre os residentes. A este junta-se um trabalho de “grande sensibilização” dos trabalhadores e residentes para as medidas preventivas contra o novo coronavírus.

De resto, também no caso das residências, nenhum dos serviços deixou de ser prestado aos estudantes durante o período de confinamento. Antes pelo contrário, como explica Sotero Martins, responsável pelo núcleo de Saúde dos SASUP: “Todas as residências permaneceram abertas, apesar da redução significativa de pessoal e de estudantes. Isto permitiu que muitos estudantes não se deslocassem, evitando-se assim o eventual risco de contágio. (…) Também reduzimos preço do alojamento para estudantes que mantiveram os quartos ocupados mas que se deslocaram para junto das famílias”.

Já no domínio da Saúde, os SASUP continuam a assegurar, em regime presencial ou online, todas as modalidades de consultas médicas, de psicologia, nutrição e saúde sexual ao dispor da comunidade estudantil. “É o estudante que escolhe o modelo de atendimento”, explica Sotero Martins.

De volta ao ativo estão também os dois e-learning cafés (Asprela e Jardim Botânico), que se encontravam encerrados desde março. Reabrem agora com novas regras, mas igualmente com menos lugares sentados, de forma a “garantir a distância de segurança que se impõe neste período”.

Uma “guerra” que é de todos

Face ao cenário de reabertura dos serviços, João Carvalho, diretor dos SASUP, apela agora à “necessidade de se criar um sentimento de segurança junto dos nossos clientes e colaboradores”.

“Da nossa parte, estamos a fazer tudo no sentido de cumprir escrupulosamente as regras estabelecidas pelas autoridades de saúde e, desta forma, garantir a segurança das pessoas que nos procuram”, assevera o responsável.

Dirigindo-se especificamente à comunidade estudantil, João Carvalho lembra “os estudantes podem vir com segurança para os nossos serviços”. Mas ressalva: “Compete-lhes a eles zelar pelo cumprimento das regras de distanciamento, de higiene e segurança. Eles são os principais interessados na preservação da sua saúde e estamos certos que nos vão ajudar nesta guerra contra a pandemia”.