A poeta Andreia C. Faria é a protagonista da próxima sessão de Ouvir, 59 minutos de imersão poética, a decorrer no próximo dia 21 de julho, terça-feira, às 21h30, no Pátio do Museu de História Natural e da Ciência da Universidade do Porto (edifício da Reitoria, ao Jardim da Cordoaria), no âmbito das Noites no Pátio do Museu.

Depois de três sessões com casa cheia, conduzidas por João Gesta e João Habitualmente, Cláudia R. Sampaio e Adolfo Luxúria Canibal, a Casa Comum U.Porto e a Porto Editora voltam assim a juntar-se para “dar voz” a um dos nomes mais proeminentes da poesia portuguesa contemporânea.

Neste regresso à sua alma mater, caberá a Andreia C. Faria (ver perfil abaixo) liderar o público numa “viagem sonora” pontuada pela leitura de excertos de “Alegria para o Fim do Mundo” (2019), antologia que junta todos os poemas publicados pela poeta – a que se juntam alguns inéditos – até 2019. Publicada pela Porto Editora no âmbito da coleção “Elogia da Sombra”, dirigida por Valter Hugo Mãe, a obra acaba de conquistar o Prémio Literário Fundação Inês de Castro (FIC).

Com entrada é livre, mas sujeita a marcação prévia, a sessão encerrará com uma conversa com a poeta, liderada por Fátima Vieira, pela Vice-Reitora da U.Porto com o pelouro da Cultura.

“Entre os magníficos da poesia contemporânea”

Natural do Porto, Andreia C. Faria (1984) é licenciada em Jornalismo e Ciências da Comunicação (2006) e mestre em Estudos Anglo-Americanos (2011) pela Faculdade de Letras da U.Porto (FLUP).

Em 2008, publicou o seu primeiro livro de poemas, De haver relento (Cosmorama Edições). Seguiram-se Flúor (Textura Edições, 2013), Um pouco acima do lugar onde melhor se escuta o coração (Edições Artefacto, 2015) e Tão Bela Como Qualquer Rapaz (Língua Morta, 2017), vencedor do Prémio SPA 2017 para Melhor Livro de Poesia, atribuído pela Sociedade Portuguesa de Autores (SPA).

Nas palavras de Valter Hugo Mãe, “o trabalho de Andreia C. Faria está entre os mais urgentes, magníficos, da poesia contemporânea”.

Ainda de acordo com o escritor, “a sua profundidade, uma contenção que não a impede da frontalidade, o enunciado terrivelmente irónico, o rasgo inesperado de cada verso, fazem do seu texto uma novidade por classificar, demarcando-a inclusive do coletivo de mulheres poetas que hoje escrevem também em força e bastante esplendor”.