Mário foi reconhecido com um prémio de cerca de cinco mil euros (Foto: Pixabay / Creative Commons)

Mário Freitas, antigo estudante do mestrado integrado em Engenharia Informática e Ciências da Computação (MIEIC) da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), conquistou recentemente o prémio CyberAgent Best Engineer, atribuído pelo grupo empresarial CyberAgent, sedeado no Japão.

Com 29 anos e a trabalhar na empresa desde 2009, Mário Freitas foi considerado o melhor engenheiro do grupo CyberAgent no semestre de outubro a março de 2013, o que lhe valeu o prémio mais elevado de sempre dentro desta empresa japonesa, cerca de 5 mil euros. Mário Freitas viu o seu esforço reconhecido num universo com mais de 5 mil trabalhadores espalhados pelas 30 empresas subsidiárias do Japão e várias partes do Este da Ásia e América do Norte.

Depois de, ainda durante a elaboração da tese de mestrado, ter estado a trabalhar na NDrive,  onde teve a oportunidade de se dedicar ao desenvolvimento de um motor gráfico 3D para o sistema de navegação por GPS da empresa, Mário Freitas rumou ao Japão em novembro de 2008, para integrar a equipa ligada ao desenvolvimento e investigação de sistemas de segurança informática da empresa FFR. Em 2009 muda-se para a Cyber Agent com o objetivo de trabalhar numa empresa mais focada no consumidor final e não em business-to-business (B2B). A cultura jovem da empresa e o tipo de trabalho que desenvolve (quer na web, como no ramo mobile) foram aspetos decisivos para a escola.

A mudança para o outro lado do mundo decorreu sem grandes sobressaltos. “O Japão é um país bastante bem organizado e pouco burocrático, pelo que as coisas correram bem nesse sentido. Há muitas coisas diferentes (língua, gastronomia, costumes, leis) o que torna o Japão um país especial. Sinto que cada dia é um dia em que aprendo algo de novo e me vou (ainda) adaptando pelo que não tenho planos neste momento para me mudar”, conta o antigo estudante da FEUP.

O facto de fazer parte da comunidade FEUP ajudou a que os horizontes de Mário se abrissem e a que conseguisse obter o conhecimento e a experiência que de outra forma seriam difíceis de obter. “Tenho muito a agradecer a todos os profissionais e colegas de curso que de forma direta ou indireta me ajudaram a chegar onde cheguei”, confidencia Mário.

Relativamente a planos para o futuro, o alumnus não pretende sair da empresa tão cedo pois sente que há ainda muito para alcançar. Continuar a criar serviços (web, jogos e aplicações móveis) “que marquem a diferença”, não só no mercado japonês como também no mercado internacional, é a sua principal ambição.