Um MBA (Master in Business Administration) à escolha, em Portugal, Madrid ou Barcelona, e já com as propinas pagas. É este o prémio pelo qual os concorrentes à 17.ª edição do Primus Inter Pares, iniciativa do jornal Expresso e do Banco Santander Totta, anseiam. A finalidade é descobrir os melhores jovens talentos portugueses para liderar empresas entre o universo de estudantes de Economia, Finanças, Gestão e Engenharia e  Álvaro Samagaio é um dos cinco finalistas do concurso.

O alumnus do Mestrado Integrado em Bioengenharia da Faculdade de Engenharia (FEUP) e do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar da Universidade do Porto (ICBAS) foi selecionado para a final do concurso depois de ter sido submetido a entrevistas e testes de avaliação psicológica – de inteligência, de raciocínio e de lógica – por um júri representado pelas empresas Santander, Roland Berger, Impresa e Sogrape.

Em formato totalmente virtual, os concorrentes enfrentaram várias fases da competição, tanto a nível individual como em grupo, onde foram feitas perguntas relacionadas com o percurso profissional e com o modo como encaram as áreas nas quais trabalham atualmente, mas também questões que permitiram aferir outro tipo de competências, nomeadamente ao nível da perceção do mundo atual. “Qual o teu pintor favorito?” ou “Qual a tua opinião em relação à concentração de adeptos ingleses na final da Champions?” foram algumas das perguntas inesperadas que apanharam os cinco finalistas de surpresa.

Ficar a conhecer os estudantes de forma integral era o verdadeiro intuito do júri. “Apresentações que refletiam sobre a nossa carreira e vida futura ou sobre a nossa geração e as linhas que conduzem os nossos comportamentos e opiniões em temas como a inteligência artificial, política ou ecologia”, começa por explicar Álvaro Samagaio, quando interrogado sobre as provas e “trabalhos de casa” que fizeram parte do processo de qualificação da competição.

Houve ainda lugar para provas conjuntas, com várias dinâmicas de grupo em formato online, que permitiram compreender o grau e a capacidade de liderança e interação dos candidatos e, ainda, a “habilidade de criar empatia com as pessoas”, algo que o alumnus da FEUP considera decisivo para se alcançar um bom resultado.

O impacto pessoal e profissional do ensino na FEUP

Álvaro, que é atualmente Business Analyst na LTPlabs, assegura que nem a quantidade de tarefas nem a falta de tempo para as executar o impediram de tentar a sua sorte nesta edição do prémio.

“Ainda que com umas horas de sono a menos, pude conciliar todas as vertentes, desde as provas de autorreflexão e escrita, nas quais tenho menos prática, até às de raciocínio e interação pessoal, que são, para mim, mais acessíveis. Mas é graças à FEUP, e à formação que lá tive, que tudo se tornou mais fácil e descomplicado”, confessa.

O alumnus de Engenharia Biomédica, que foi já vencedor da quarta edição da Devogame by Devoteam juntamente com a sua equipa “405 Found” composta por colegas do curso na FEUP, aponta a instituição como o lugar “para se aprender a aprender e a ter um pensamento crítico e analítico”. “Igualmente importante é o ambiente que se vive entre alunos e docentes e a promoção de trabalhos de grupo e estágios, que acabam por ajudar a desenvolver capacidades sociais que têm tanta relevância quanto as técnicas”, conclui.

Considerando-se um “engenheiro mais completo e mais capaz de liderar uma equipa” no decorrer do seu percurso académico e profissional, Álvaro Samagaio já tem como perspetiva futura a criação de uma empresa própria, idealmente com base tecnológica, e assume, desde já, a sua motivação: “Pretendo aprender o máximo que puder até lá, apostando na construção de uma carreira profissional mais ambiciosa e de sucesso.”