É uma das mais celebradas pintoras portuguesas e vai apresentar-se ao público de forma inédita, em plena Reitoria da Universidade do Porto. Falamos de “Armanda Passos: 75 anos, 75 escritas”, título da exposição que vai estar patente de 23 de setembro a 9 de novembro, nos espaços da Casa Comum.

Tendo como propósito celebrar os 75 anos da pintora, esta exposição apresenta um conjunto de obras invulgares, nas quais a figuração de Armanda Passos se conjuga com a escrita que a sua obra gerou e inspirou ao longo dos tempos. Uma lógica que é invertida através de 75 obras concebidas em guache por Armanda Passos, como forma de “homenagear” outros tantos autores que se debruçaram sobre o seu trabalho, desde os anos 70 e até à atualidade.

Entre os autores evocados incluem-se nomes como António Alçada Baptista, José Saramago, Urbano Tavares Rodrigues, David Mourão-Ferreira, Fernando Pernes, Eduardo Prado Coelho, Vasco Graça Moura, José-Augusto França, Raquel Henriques da Silva, Lídia Jorge, ou Mário Cláudio.

A inauguração da exposição, a 23 de setembro, contou com a presença de várias figuras da cidade e da Universidade. (Foto: DR)

A exposição que agora chega à Reitoria marca por isso um “ponto de encontro no papel” entre o traço inconfundível da pintora e um conjunto de textos “desenhados numa caligrafia própria da artista”. Pretende-se desta forma “possibilitar uma nova leitura e significado e uma forma autêntica de criar”.

Com entrada livre, a exposição pode ser visitada de segunda a sexta-feira, das 11h00 às 19h00, e aos sábados, das 11h00 às 18h00. na Galeria I da Casa Comum / Reitoria da U.Porto.

Sobre Armanda Passos

Armanda Passos formou-se em Pintura pela antiga Escola Superior de Belas Artes do Porto. (Foto: DR)

Natural do Peso da Régua, Armanda Passos (1944) formou-se na antiga Escola Superior de Belas Artes do Porto, atual Faculdade de Belas-Artes da Universidade do Porto. Expõe desde 1976, tendo participado em diversas exposições individuais e coletivas e representado Portugal em bienais internacionais.

Premiada pelo Ministério da Cultura, a sua obra integra várias coleções privadas e públicas, das quais se destacam o Museu Nacional de Arte Contemporânea, a Fundação Calouste Gulbenkian, a Fundação Champalimaud, o Museu de Serralves, o Museu do Oriente, o Museu Coleção Berardo, o Museu da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, o Museu Amadeo de Sousa-Cardozo, a Casa-Museu Teixeira Lopes, a Casa José Saramago, a Casa Fernando Pessoa, o Tesouro da Sé Catedral do Porto, o Palácio da Justiça do Porto e o Palácio de Belém.