A estudante Sara Peixoto da Silva, atualmente no último ano do programa doutoral de Ciências Farmacêuticas da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto (FFUP) e a desenvolver investigação no grupo «Cancer Drug Resistance», do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da Universidade do Porto (i3S), foi recentemente distinguida com o prémio de Melhor Comunicação Oral no IV 1H-TOXRUN International Congress, que se realizou no início de maio, no Porto.

Organizado pela One Health Toxicology Research Unit, IUSC-CESPU e UCIBIO, o congresso teve como tema “Empowering the Future Generations: The Synergy of Science, Education and Society” e focou-se essencialmente em desafios globais atuais, como migração e saúde, a ponte ente a ciência e o empreendedorismo, inovação e transformação digital, e sustentabilidade e alterações climáticas.

O trabalho apresentado por Sara Peixoto da Silva, denominado “From resistance to sensitivity in non-small cell lung cancer: newly established multidrug-resistant cancer cells contribute to identifying DNA damaging agents as collateral sensitizer drugs”, centrou-se no estudo das células cancerígenas de pulmão resistentes a múltiplos fármacos.

Neste trabalho, explica a estudante, “descrevemos que linhas celulares de cancro do pulmão resistentes a taxanos apresentaram uma melhor resposta a platinos do que as células parentais sensíveis”.  Isto significa, acrescenta Sara Peixoto da Silva, que “estas linhas celulares poderão ser um bom modelo para o estudo de um fenómeno denominado sensibilidade colateral, podendo contribuir para ultrapassar a resistência a múltiplos fármacos”.

Este trabalho representa parte do projeto de doutoramento de Sara Peixoto da Silva, que está a ser orientada por Helena Vasconcelos, líder do grupo «Cancer Drug Resistance» do i3S e Professora Associada da FFUP, por Cristina Xavier, investigadora colaboradora no mesmo grupo e Professora Auxiliar Convidada do IUCS-CESPU e por Lúcio Lara Santos, diretor do Departamento de Cirurgia Oncológica do IPO-Porto, líder do grupo «Experimental Pathology and Therapeutics», também do IPO-Porto, e Professor Catedrático na Universidade Fernando Pessoa.

O estudo contou ainda com a colaboração da investigadora Alice Abreu Ramos, ex-membro do Laboratório de Histologia e Embriologia do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS) e do grupo Histomorphology, Physiopathology and Applied Toxicology no CIIMAR.