Entre labirintos de pósteres e salas a “borbulhar” de novidades, o cenário não foi muito diferente de anos anteriores, mas a 18.ª edição do IJUP – Encontro de Investigação Jovem da U.Porto provou que o maior congresso de Ciência jovem do país está bem e recomenda-se. Que o digam os mais de 1.000 estudantes de licenciatura e de mestrado que, entre os dias 7 a 9 de maio, ocuparam os corredores do complexo do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS) e da Faculdade de Farmácia (FFUP) para apresentarem e debaterem as suas mais recentes descobertas científicas.
Da Arquitetura à Psicologia, passando pela Criminologia, a Geografia, a Literatura, ou a Química. Ao longo de três dias, e em plena semana da Queima das Fitas, os mais novos talentos da Ciência da U.Porto não perderam a oportunidade de se darem a conhecer numa “maratona” que se estendeu ao longo de mais de 700 apresentações – orais e em poster – e 50 sessões paralelas.
No ano em que o IJUP atingiu a sua maioridade, a grande novidade desta edição acabou mesmo por ser o palco do certame. “É uma aposta que temos feito. Começamos por ter o evento centrado na Reitoria. Ele foi crescendo e, no ano passado, estivemos na Faculdade de Economia. Este ano, estamos aqui no ICBAS e na FFUP, a quem aproveito para agradecer por terem cedido as suas instalações”, refere Pedro Rodrigues, Vice-Reitor da U.Porto com os pelouros da Investigação e Inovação.
Já depois de conhecer alguns dos trabalhos apresentados, o responsável destacou o impacto do IJUP no presente, mas também no futuro de quem nele participa. “Temos professores na Universidade do Porto que foram dos primeiros estudantes a fazer as suas apresentações no IJUP. Muitos deles continuam na Ciência e o facto de terem passado por aqui foi determinante”, frisou.
Quem sabe se não será esse o destino de João Nuno Machado. A atuar em “casa”, o estudante do Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas FFUP e vencedor do Prémio Incentivo 2023 viveu o seu “primeiro contacto com um congresso cientifico” no IJUP 2025. “Foi uma oportunidade para mostrar o meu trabalho”, destaca o futuro investigador e primeiro autor de um artigo que revela o que “um dia pode vir a ser um potencial fármaco antitumoral”.
Uma experiência “bastante importante para início de carreira” é por sua vez o balanço que Juliana Ferreira faz da sua participação no IJUP, ao qual trouxe o projeto que está a desenvolver no âmbito do Mestrado em Aplicações em Biotecnologia e Biologia Sintética da Faculdade de Ciências (FCUP), focado no “aproveitamento de cascas de camarão que não são aproveitadas pela indústria”.
18 anos a revelar novos talentos da produção científica
Organizado pela Vice-Reitoria para a Investigação e Inovação da U.Porto, com o apoio da Caixa Geral de Depósitos, o IJUP é um evento pioneiro em Portugal, que procura eliminar a ideia de que a participação em atividades de investigação científica está reservada apenas a investigadores e docentes de carreira.
Este ano, à semelhança das últimas edições, cerca de 100 moderadores tiveram a oportunidade de avaliar os trabalhos apresentados. Os autores dos melhores trabalhos serão reconhecidos numa cerimónia a decorrer em data a indicar.
Mais informações no portal do IJUP, ou através do e-mail [email protected].
Para outros vídeos, visite o canal oficial da Universidade do Porto no Youtube.