Simão Fernandes, natural de Vila Nova de Famalicão, decidiu ingressar na Universidade do Porto para realizar a Licenciatura em Direito na Faculdade de Direito (FDUP), atraído pela “referência”, “rigor” e “excelência” que caracterizam o ensino da instituição. Para o estudante, a escolha foi uma “mais-valia” para o orçamento familiar, já que a “relativa proximidade geográfica” lhe permitiu recorrer aos transportes públicos para se deslocar à faculdade.
No seu primeiro ano, destaca como foi “gratificante” conhecer novas pessoas e formar amizades que o marcaram, seja pelos momentos de partilha ou pela ajuda. Também teve “experiências significativas” com o associativismo e o voluntariado, que lhe proporcionaram a oportunidade de estar ao “serviço dos outros”.
A decisão de sair da “zona de conforto”, aliada à “curiosidade”, ao “esforço” e à “dedicação” nos estudos, refletiu-se na média de 17,1 valores com que Simão Fernandes concluiu o primeiro ano, o que lhe garantiu o Prémio Incentivo 2025. Para o estudante, este prémio representa uma oportunidade de avaliar e continuar a sua caminhada académica.
Aos 18 anos, Simão ainda não definiu qual área do Direito irá seguir, por considerar que o futuro é um “processo de descobertas” que abre uma “miríade de portas e possibilidades”. Contudo, tem a certeza de que, independentemente do rumo que escolher, a sua principal missão será “servir a sociedade”.

Simão Fernandes recebeu o Prémio Incentivo 2025 das mãos do Reitor da U.Porto. (Foto: Egidio Santos/U.Porto)
– O que te motivou a escolher a U.Porto?
Escolhi a Universidade do Porto, em especial a Faculdade de Direito, pelo rigor e excelência que caracterizam o seu ensino, mas também pelas boas referências que me convenceram de imediato que este era o sítio ideal para a minha formação. Também a sua relativa proximidade geográfica foi para mim uma mais-valia, possibilitando-me deslocar-me via transportes públicos para a faculdade e, assim, ajudar no orçamento familiar.
– O que gostaste mais no primeiro ano na Universidade?
O meu primeiro ano iniciou-se com muitas incertezas, mas cedo apanhei o gosto pelo ofício e o Direito despertou em mim uma curiosidade que não esperava, o que, sem dúvida, influenciou a minha boa experiência académica até agora. Mas foram sobretudo as inúmeras pessoas que conheci e as amizades que travei que mais marcaram o meu caminho, tanto pelos momentos que com elas pude partilhar, como pela sua ajuda, sem a qual não tinha chegado até aqui. Também o associativismo e o voluntariado foram experiências significativas, mostrando-me a importância de me colocar mais ao serviço dos outros e sair da zona de conforto.
– O que gostavas de ver melhorado na Universidade?
A Universidade, hoje acessível à generalidade da população graças à democratização do ensino, atravessa inúmeros desafios. Desde os entraves sociais à entrada, tais como a grave crise habitacional que se faz sentir entre os estudantes, às incertezas na saída, com um mercado de trabalho incapaz de integrar em si todas as potencialidades do ensino superior. Não podia deixar de referir, porém, a crise de sentido que se faz hoje sentir nesta instituição milenar. Porquê aprender na era da Inteligência Artificial? Refletir coletivamente em torno do propósito da Universidade é, hodiernamente e mais do que nunca, uma urgência. Presos excessivamente num olhar utilitário da informação, gostava que redescobríssemos o conhecimento enquanto fim em si mesmo, fomentando mais o espírito crítico e o cultivo da cultura entre a comunidade académica.
– Qual a importância do Prémio Incentivo para ti?
Não me considero um ser especialmente talentoso ou abençoado por uma inteligência fora do comum. Tudo o que consegui, até agora, não foi senão produto de uma curiosidade e vontade de saber mais aliadas ao esforço e à dedicação. O Prémio Incentivo é, para mim, o reconhecimento disso mesmo, mas também uma oportunidade de olhar para o caminho que trilhei até agora e agradecer as inúmeras oportunidades que tive, motivando-me a continuar firme face aos desafios que se avizinham.
– Como vês o teu futuro daqui a 10 anos?
O futuro é sempre algo que se esconde por de trás de muitas dúvidas, não raras vezes sem respostas fáceis e concretas como desejávamos. Julgo, porém, que é neste processo de descoberta que se vive autenticamente a nossa vocação. No meu caso, o curso que escolhi comunga da particularidade de nos abrir uma miríade de portas e possibilidades, pelo que é-me difícil antever com precisão o que quer que seja sem ter um concreto contacto com a prática profissional. O facto de haver diferentes ramos no Direito a despertar o meu interesse não abona nesta difícil tarefa. Convivo, no entanto, com a certeza de que escolhi o curso certo para mim e que, de uma forma ou de outra, é nele que melhor consigo servir a sociedade. Quanto ao resto, o tempo logo dirá.
– Se tivesses de descrever a tua experiência na U.Porto numa palavra, qual seria?
Gratificante