Francisco Laranjo, professor catedrático e ex-diretor da Faculdade Belas Artes da Universidade do Porto (FBAUP), foi distinguido, a título póstumo, pela Câmara Municipal de Matosinhos com a Medalha de Honra Dourada da autarquia, que deste modo reconheceu o percurso artístico ímpar do pintor e uma vida dedicada à arte, ao ensino e ao pensamento crítico.

A homenagem teve lugar no passado dia 25 de abril, no âmbito da comemoração local dos 51 anos da Revolução de 1974. Na mesma cerimónia, foi também homenageada Joana Rêgo, professora e coordenadora da secção de pintura da FBAUP.

Natural de Lamego, Francisco Laranjo residiu no concelho de Matosinhos e manteve uma relação de grande proximidade com a vida cultural do município, onde expôs várias vezes e colaborou com a autarquia no âmbito da promoção das artes plásticas.

Foi uma das figuras mais marcantes da pintura contemporânea portuguesa, tendo deixado um legado artístico e pedagógico de inegável relevância nacional e internacional. Foi diretor da FBAUP entre 2008 e 2014, tendo falecido em 2022, na cidade do Porto.

Joana Rêgo nasceu no Porto em 1970 e reside há vários anos no município de Matosinhos, onde tem realizado regularmente exposições de pintura, a última das quais, intitulada “O que a palavra vê”, foi inaugurada em fevereiro deste ano. É professora auxiliar da FBAUP desde 2023 e está representada, entre outras, na coleção de arte contemporânea do Parlamento Europeu.

Joana Rêgo foi outra das personalidades distinguidas pela autarquia matosinhense. (Foto: Câmara Municipal de Matosinhos)

Francisco Laranjo e Joana Rêgo foram duas das 25 personalidades que a Câmara Municipal de Matosinhos distinguiu com a Medalha de Honra Dourada para assinalar os 51 anos do 25 de Abril.

Entre os homenageados das áreas da cultura, desporto, saúde, cidadania e setor empresarial, contam-se ainda os artistas plásticos Albuquerque Mendes e Sobral Centeno, o historiador Helder Pacheco, a curadora e professora universitária Laura Castro (doutorada em Arte e Design pela FBAUP) ou, também a título póstumo, o criador dos festivais literários Correntes d’Escritas, Literatura em Viagem e Festival Literário do Douro, Francisco Guedes.