A curiosidade” e a “ambição” definem Pedro Coutinho, que escolheu a Universidade do Porto pela sua tradição”, mas também pela forte marca de inovação” que diferencia a instituição. Ingressou na Licenciatura em Gestão da Faculdade de Economia (FEP) e a média de 18,8 valores entretanto alcançada valeu-lhe a distinção com o Prémio Incentivo 2025.

Natural de Vila Nova de Gaia, o estudante, de 19 anos, vê no prémio um ponto de partida” para continuar a desafiar os seus próprios limites. E até já sonha com a criação de uma marca inovadora” e revolucionária, que contribua para “moldar o futuro de forma única e sustentável”.

Do seu primeiro ano na FEP, o Pedro guarda a memória de uma docente que o desafiou a sair da sua zona de conforto”, propondo-lhe ensinar um tema novo aos colegas. Essa experiência, diz, permitiu-lhe desenvolver competências de comunicação” e liderança”, ao que se soma o alargamento de horizontes proporcionado pelo convívio com pessoas com ambições semelhantes e com perspectivas distintas.

Sente-se transformado pela exigência do ambiente académico e pela valorização do conhecimento, a qual, por sua vez, considera uma ferramenta para transformar o mundo”.

Pedro Coutinho recebeu o Prémio Incentivo 2025 das mãos do Reitor da U.Porto. (Foto: Egidio Santos/U.Porto)

O que te motivou a escolher a U.Porto?

Escolher a Universidade do Porto não foi apenas uma decisão académica, mas também um compromisso com a curiosidade e a ambição que me definem – duas características que considero essenciais para o meu crescimento, tanto a nível pessoal como profissional. Com esta escolha não procurei apenas obter um diploma, mas escolher um ambiente onde fosse constantemente desafiado a pensar de forma crítica e inovadora. A Universidade do Porto representa, para mim, esta combinação entre tradição e inovação, assim como entre exigência e liberdade para questionar, descobrir e explorar. Mais do que um lugar de aprendizagem, quis integrar uma comunidade que valoriza o conhecimento como uma ferramenta para transformar o mundo – e isso fez toda a diferença na minha escolha.

– O que gostaste mais no primeiro ano da Universidade?

O que mais gostei no meu primeiro ano na Universidade foi, sem dúvida, a oportunidade de estar rodeado por pessoas com interesses e ambições semelhantes, mas também por aquelas com perspetivas completamente diferentes. Este convívio foi essencial, pois permitiu-me expandir os meus horizontes e aprender não apenas com os meus colegas, mas também com as suas experiências e visões de mundo. Uma das fases mais importantes da adaptação é precisamente este convívio, onde a criação de amizades facilita o processo de integração e faz toda a diferença.

Além disso, as interações com os professores foram igualmente marcantes. Durante o meu primeiro ano, uma das professoras desafiou-me a dar uma aula sobre um tema totalmente novo para mim, acompanhado pelos meus colegas. Embora fosse uma experiência que me tirava da minha zona de conforto, senti-me motivado pelo desafio e pela oportunidade de fazer algo fora do “normal”. Este momento permitiu-me não só aprofundar os meus conhecimentos sobre o tema, mas também desenvolver competências valiosas para o meu futuro, como a comunicação e a liderança.

Por fim, se alguém que acabou de entrar na faculdade me pedisse um conselho, eu diria: Sê autêntico e diferente, sempre sem deixar de cumprir o essencial.

– O que gostavas de ver melhorado na Universidade?

Embora a Universidade do Porto ofereça um ambiente académico de excelência, acredito que há sempre espaço para melhorias. Gostaria de sugerir a criação de pelo menos uma sala de Realidade Virtual em cada faculdade da Universidade do Porto, como forma de acompanhar e integrar a evolução da Inteligência Artificial e das novas tecnologias no ensino superior. Acredito que esta adição poderia proporcionar uma experiência de aprendizagem mais imersiva e prática, ao mesmo tempo que prepara os alunos para os desafios e oportunidades da sociedade contemporânea.

Cada curso poderia ter uma cadeira dedicada à Realidade Virtual, onde os alunos poderiam explorar novas formas de ensinar e aprender, aplicando esta tecnologia nas suas áreas de estudo. Para além disso, a sala poderia ser utilizada de forma transversal a todas as áreas, tornando-se um ponto de convergência para diferentes cursos e criando oportunidades de colaboração interdisciplinar. Esta sala também poderia ser um espaço flexível e dinâmico, disponível para utilização por organizações estudantis, como as da FEP, o que a tornaria ainda mais versátil e acessível. A utilização desta tecnologia poderia englobar desde eventos e atividades académicas, até projetos de inovação, tornando-a um ponto de diferenciação para a Universidade do Porto.

– Qual a importância do Prémio Incentivo para ti? 

O Prémio Incentivo é mais do que um simples prémio; é uma confirmação de que o esforço e a dedicação podem, de facto, gerar resultados tangíveis, algo que vai além da procura por notas ou diplomas. Para mim, este prémio simboliza um impulso para continuar a desafiar os meus próprios limites, ao mesmo tempo que me motiva a aproveitar as novas oportunidades e a explorar os caminhos que surgirem no meu percurso daqui em diante. Em vez de uma recompensa final, vejo este prémio como um ponto de partida para novas aprendizagens e experiências, tanto dentro da Universidade como na minha futura carreira.

– Como vês o teu futuro daqui a 10 anos? 

Daqui a 10 anos, vejo-me como o fundador e proprietário de uma marca inovadora, que não só desafia os padrões do mercado, mas também traz algo de novo e revolucionário para a sociedade. Quero criar um projeto que combine as minhas paixões com a necessidade de transformar ideias em soluções concretas, impactando positivamente o mundo à minha volta. Acredito que, com a experiência adquirida ao longo dos anos, onde terei a oportunidade de trabalhar em diversificadas empresas, estarei a liderar uma marca que seja sinónimo de originalidade, inovação e capacidade de adaptação, contribuindo para moldar o futuro de forma única e sustentável.

– Se tivesses de descrever a tua experiência na U.Porto numa palavra, qual seria?

Transformação.