Foi a mais de 1.000 quilómetros de distância, e com um oceano pelo meio, que Miguel Temtem se habituou a sonhar com as “obras de arquitetura icónicas de Álvaro Siza” e com “a beleza inestimável da cidade do Porto, em particular do rio Douro”. Tudo isso, aliado ao “prestígio e circunstância inspiradora” da Universidade do Porto, levou este madeirense a rumar ao Porto em 2023, para ingressar no Mestrado Integrado em Arquitetura da Faculdade de Arquitetura (FAUP).
Desafiado a fazer o balanço do que classifica como uma experiência “enriquecedora”, o estudante de 20 anos destaca as aprendizagens adquiridas: “Arquitetura é todo um mundo … além da matéria cativante, o estilo de ensino criativo e interessante com que os professores promoviam a aprendizagem tornava a matéria, que só por si era do meu interesse, ainda mais cativante e transformadora”. Em paralelo, o “desafio” de estar a viver longe da família pela primeira vez” transformou-se numa “oportunidade única para criar laços fortes com colegas de diferentes regiões de Portugal e do mundo”.
Com uma média de 17,5 valores no primeiro ano do curso, Miguel Temtem é um dos 22 vencedores do Prémio Incentivo 2025. Um reconhecimento que considera “um incentivo” para “fazer mais e melhor, e claro, a dar sempre o melhor de mim”.

Miguel Temtem recebeu o Prémio Incentivo 2025 das mãos do Reitor da U.Porto. (Foto: Egidio Santos/U.Porto)
– O que te motivou a escolher a U. Porto?
Fui motivado por uma combinação de razões. Ao conversar com amigos e professores, era recorrente a U. Porto destacar-se. Dentro das recomendações, a Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto distinguia-se pela sua forte ligação ao desenho (que sempre me atraiu imenso) e pelo contacto próximo com as obras de arquitetura icónicas de Álvaro Siza. A beleza inestimável da cidade do Porto, em particular do rio Douro, também influenciou a minha decisão. Sabia que, dado o seu prestígio e circunstância inspiradora, a U.Porto seria uma escolha crucial para o percurso que pretendo construir.
– O que gostaste mais no primeiro ano na Universidade?
Aprender… ou melhor ainda: o modo como aprendi. Como confirmei este ano, Arquitetura é todo um mundo … além da matéria cativante, o estilo de ensino criativo e interessante com que os professores promoviam a aprendizagem tornava a matéria, que só por si era do meu interesse, ainda mais cativante e transformadora. Adorei essa dinâmica de jogo, desafio e resolução de problemas ao longo do meu primeiro ano. Mesmo tendo em conta a exigência do curso, era recorrente ficar com vontade de dar um passo mais além. Adorei fundamentalmente essa vontade, esse gosto pelo que se faz, que senti tão intensamente, pelos colegas, mas principalmente pelos professores. Presenciar esta disposição tão estimulante foi um impulso, um privilégio extraordinário. Além disso, como madeirense, estar a viver longe da família pela primeira vez foi um desafio, mas também uma oportunidade única para criar laços fortes com colegas de diferentes regiões de Portugal e do mundo, enriquecendo ainda mais a minha experiência universitária.
– O que gostavas de ver melhorado na Universidade?
A Universidade do Porto é uma instituição notável que tem evidenciado um contínuo processo de melhoria. Estando ainda a conhecê-la como um todo, confesso que não tenho uma resposta pronta ou definitiva. Contudo, acredito que uma maior disposição de iniciativas que aproximem os estudantes do mercado de trabalho e de oportunidades extracurriculares seria do meu agrado.
– Qual a importância do Prémio Incentivo para ti?
Para mim o Prémio Incentivo é precisamente isso: um incentivo. É um reconhecimento que me encoraja a continuar a trabalhar com esforço e dedicação, a fazer mais e melhor, e claro, a dar sempre o melhor de mim.
– Como vês o teu futuro daqui a 10 anos?
Daqui a 10 anos, terei 30 anos… Por essa altura espero já ter concluído o curso de Arquitetura, ter conhecido outras realidades e alargado os meus horizontes. Talvez esteja a exercer Arquitetura, Projeto, ou outro campo transformador que me tenha despertado interesse… vejo-me feliz, realizado, com muita energia, e claro, a escrever muito e a desenhar imenso.
– Se tivesses de descrever a tua experiência na U. Porto numa palavra, qual seria?
Enriquecedora.