Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) irá promover, no dia 30 de abril, às 17h00, a iniciativa “Horas de Arte – Cordas para Plácido”. O “palco” será o Teatro Anatómico do Museu de Anatomia, um dos espaços mais icónicos desta instituição, mais concretamente no chamado Anfiteatro de Ferro.   

Como explica José Paulo Andrade, coordenador dos Museus da FMUP, “este evento será um encontro entre o cientista e o instrumentista Plácido da Costa”, uma das figuras eminentes que a FMUP celebra em ano de comemorações do bicentenário 

“Os Museus da FMUP têm por mote, nestes 200 anos, fazerem CRUZAMENTOS – cruzar pessoas, ideias e espaços da Faculdade que, de outra forma, não se encontrariam”, adianta o professor catedrático.  

Amândio Rocha Sousa, professor catedrático da FMUP e diretor da Oftalmologia na ULS São João), irá falar acerca do “Disco de Plácido” e da sua importância atual.  A essa intervenção de caráter científico acrescerá um momento cultural, em que o maestro Ferreira Lobo, o violinista Miksa Iranyossy-Knoblauch e a harpista Catarina Rebelo irão apresentar quatro composições contemporâneas de Plácido da Costa. 

Formado em Medicina na Escola Médico-Cirúrgica do Porto (antecessora da FMUP), António Plácido da Costa (Covilhã, 1848-1916) “foi oftalmologista e inventor de vários instrumentos nesta área. O mais famoso entre eles é o queratoscópio, mundialmente designado como o Placido´s Disc. É seguramente o epónimo português mais conhecido na comunidade científica. Plácido foi também violinista – virtuoso segundo as bibliografias – nos seus serões privados”, explica José Paulo Andrade. 

Quanto à inspiração para o título e para a iniciativa em si, provém de Hernâni Monteiro, que “organizou, na década de 1950, pequenos saraus culturais com música, poesia e ciência, aos quais apelidava “Horas de Arte”, e que eram “abertos para toda a Universidade”. Tal como então, a FMUP volta a organizar e a abrir as suas portas. 

O evento é aberto à comunidade, mediante inscrição prévia.