A Report on Organism 46B, é o título da performance/concerto do músico e compositor Filipe Silva (HOMO) que acontece dia 20 de março, às 18h00. Já o debate de ideias, dia 27 de março, à mesma hora, será da responsabilidade da Sociedade de Debates da Universidade do Porto (SdDUP). Propostas para pensar um passado alternativo, na Casa Comum, ao edifício da Reitoria da U.Porto.

A Report on Organism 46B propõe uma experiência sonora que revisita memórias de uma comunidade científica fictícia (pertencente a um passado alternativo), perdida num dos polos do planeta. Trata-se de uma performance que recria a atmosfera de uma expedição científica em busca de organismos fundamentais, deixando-nos apenas frequências sonoras como testemunho das eventuais descobertas.

Entre registos fragmentados e silêncios, o espetáculo constrói uma banda sonora do indizível, tentando recuperar pistas sobre o destino daquelas pessoas e dos seus achados.

A performance/concerto conta ainda com um desenho de luz original de Júlia de Luca, artista visual, pintora e cenógrafa, que colabora com Filipe Silva desde 2024.

Com um percurso de duas décadas na música, Filipe Silva divide a sua atividade entre projetos coletivos e criações a solo sob o nome HOMO. É membro dos HHY & The Macumbas e tem uma vasta discografia editada em Portugal, Reino Unido e Estados Unidos. Compôs bandas sonoras para teatro – incluindo trabalhos para o Teatro do Bolhão e o Teatro Aramá – e para cinema, assinando a música de filmes como Linhas Paralelas (2005), Naturopolyphony (2013) e Cem Raios T’Abram (2014).

O trabalho de HOMO é marcado pela exploração sonora, desde experiências minimalistas, como as vocalizações de golfinhos em Resurrected Delfinarium, até composições densas e experimentais, como em Altered Ego.

Debater uma sociedade sustentável

No próximo dia 27 de março, também às 18h00, a Casa Comum recebe a Sociedade de Debates  da U.Porto (SdDUP) para mais uma edição da iniciativa U.Porto Argumenta.

Subordinada ao projeto What If? e à História Alternativa, esta sessão vai explorar novos mundos e novas possibilidades a partir do conceito de Solarpunk, que vê o futuro da humanidade sob a lente da resolução dos grandes desafios contemporâneos, ou seja, a sustentabilidade, as mudanças climáticas, a poluição e a desigualdade social.

O convite é simples. Os interessados podem, desde já, construir a sua gramática de argumentação: Vamos debater e descobrir como seria uma civilização sustentável e como podemos chegar lá.

Sociedade de Debates da U.Porto. (Foto: SdDUP)

Atualmente com mais de 1.000 associados, entre estudantes de licenciatura, mestrado e doutoramento, assim como alumni, docentes e funcionários, a SdDUP é uma organização estudantil sem fins lucrativos que se dedica ao debate como forma de promoção do espírito crítico, da compreensão mútua, do amor à língua, às palavras e às ideias.

A SsDUP foca a sua missão na organização de debates e eventos de formação, bem como na participação em competições internacionais, lado a lado com sociedades de debates homólogas que atuam nas melhores universidades do mundo.

Estes eventos integram os Dias Culturais da Hipótese – Dias da História Alternativa: Winepunk & Companhia que, este ano, se vão realizar em Vigo.