O pitch da Braining, uma spin-off U.Porto que utiliza Realidade Virtual (VR) e Inteligência Artificial (IA) para apoiar pacientes na reabilitação de AVC, venceu o prémio de “Melhor Pitch no Pitch Day da 12.ª edição da Escola de Startups da UPTEC – Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto.

Em três minutos, Nuno Almeida, co-fundador e CEO da Braining, apresentou à plateia e ao painel de júri o conceito do seu projeto: uma plataforma Software as a Service (SaaS) que combina VR e IA para oferecer, tanto a sobreviventes de AVC como a profissionais de saúde, uma solução personalizada para a reabilitação. O projeto foi também fundado por João Ribeiro, alumnus da Faculdade de Engenharia da U.Porto (FEUP).

O prémio foi entregue por Francisca Vieira Matias, membro do júri e representante da Fundação Santander, parceiro desta edição a Escola de Startups. Entre os jurados estavam, também, João Miguel Dias (Armilar), Rodrigo Dahl (Super Bock), Sérgio Rodrigues (COREangels), Orlando Rocha (Miew) e Filipa Pontes, representante da Vodafone Business, instituição que apoiou igualmente esta edição da Escola de Startups.

A WAVENG, que criou um conversor de energia das ondas em energia renovável, arrecadou a distinção de “Melhor Projeto de Impacto”, atribuído à ideia de negócio com maiores possibilidades de impacto no mercado. A ideia, criada por Gianmaria Giannini, investigador na FEUP, centra-se no aproveitamento da energia das ondas com o seu Pivoting Wave Energy Converter (PWEC), concebido para eficiência e baixo impacto ambiental, além de reduzir os custos de produção em comparação com tecnologias existentes.

Três meses de crescimento

Durante o Pitch Day subiram ao palco 12 dos 22 projetos da 12.ª edição da Escola de Startups da UPTEC, o programa de aceleração que ofereceu aos participantes “(…) três meses de muitos desafios e desenvolvimento de competências ligadas ao percurso empreendedor”, sublinha Raphael Stanzani, Gestor de Programas de Empreendedorismo da UPTEC.

Ao longo do programa, os participantes tiveram acesso a workshops práticos e a mentoria individual que permitiu a evolução das suas ideias de negócio: “conseguimos ver projetos a avançar com pilotos, assinar protocolos de colaboração, qualificarem-se para test-beds e a angariar clientes”, acrescenta Raphael.

O prémio de “Melhor Evolução”, que destacou o percurso de um dos projetos empresariais ao longo do programa, foi para a Plástica Sonora, uma agência de artistas portuguesa focada na representação de mulheres e pessoas não binárias no mundo da música eletrónica. O projeto, que inclui também uma plataforma de programas de rádio, pretende colmatar uma lacuna do mercado, acrescentando valor social e justiça à indústria da música.

O programa de aceleração da UPTEC já apoiou mais de 500 empreendedores e acima de 200 projetos empresariais, dos quais resultaram mais de novas 70 empresas. As candidaturas para a próxima edição do programa já estão abertas, com desconto de early bird, em www.escoladestartups.org.