A renovação da Casa TT (2017-2018), da autoria do arquiteto António do Fundo Ferreira (ADOFF arquitetos), e a ampliação e renovação da Escola Secundária do Castêlo da Maia (2009-2016), da autoria do arquiteto José Carvalho Araújo (Atelier Carvalho Araújo), ambos antigos estudantes da Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto (FAUP), venceram, ex-aequo, a segunda edição do Prémio Municipal de Arquitectura João Álvaro Rocha., promovido pela Câmara Municipal da Maia.

O projeto de renovação da Casa TT tira partido das características históricas de uma casa de lavoura, presumivelmente do início do século XX, e da ampliação adicionada à fachada tardoz nos anos 80. O arquiteto tira partido das diferentes características de ambos os pisos da casa, e aproveita plasticamente a fachada adicionada, criando um espaço de transição entre o interior da casa e o jardim, potenciado por diferenças de luz, de pé-direito e de relações visuais.

Casa TT. FOTO: Ivo Tavares

Quanto à ampliação da Escola Secundária do Castêlo da Maia, o projeto partiu da duplicação dos pavilhões originais, tendo em conta a adaptação ao espaço físico e a interação com a comunidade em que se integra. O desenho do espaço cria condições para um uso criativo e multifuncional, favorecendo tanto as atividades educativas quanto a vida comunitária.

O autor do projeto referiu que se trata de uma “nova interpretação da escola como espaço de integração, identidade e experimentação académica”, acrescentando a vertente “comunitária”.

Ampliação e renovação da Escola Secundária do Castêlo da Maia. FOTO: NUDO

A cerimónia de atribuição da 2.ª edição do Prémio Municipal de Arquitetura João Álvaro Rocha decorreu no passado dia 10 de janeiro, no Fórum Maia.

Na ocasião, o arquiteto Gonçalo Byrne, porta-voz do júri e Doutor Honoris Causa da U.Porto, destacou a “qualidade excecional de todas as obras candidatas”, justificando a decisão de atribuir o primeiro prémio a duas, devido à relevância da sua qualidade, independentemente da dimensão de cada projeto.

O júri atribuiu ainda uma menção honrosa ao projeto de remodelação do apartamento 1602Hven2, (2016), da autoria do arquiteto José Jorge Castro Felgueiras Soares, JJSoares arquitetura.

Os seis projetos a concurso estão agora em exposição no Fórum da Maia até 16 de fevereiro de 2025, de terça a domingo, das 10h00 às 22h0.

O júri desta edição do Prémio Municipal de Arquitetura João Álvaro Rocha foi composto por Mário Nuno Neves, vereador da Câmara Municipal da Maia; pelo arquiteto Gonçalo Byrne, em representação da APJAR; e pelas arquitetas e docentes da FAUP, Carla Garrido, designada pela Ordem dos Arquitectos – Secção Regional Norte; Teresa Calix e Ana Resende, pela Autarquia da Maia.

Sobre o Prémio Municipal de Arquitetura João Álvaro Rocha

O Prémio Municipal de Arquitetura João Álvaro Rocha, de iniciativa da Câmara Municipal da Maia, com periodicidade bienal, é organizado pela APJAR – Associação Pró-Arquitectura João Álvaro Rocha, com o apoio da Ordem dos Arquitectos – Secção Regional Norte. O objetivo do prémio é “distinguir, pela sua qualidade arquitetónica, edificações e espaços públicos localizados no município da Maia”.

O galardão, que tem periodicidade bienal, pretende ao mesmo tempo “reconhecer o trabalho do arquiteto João Álvaro Rocha” – antigo estudante da ESBAP e docente da FAUP entre 1990 e 2001 – “em prol da qualidade da arquitetura e do urbanismo, trabalho esse indelevelmente associado ao concelho e à cidade da Maia, onde se localizam as suas maiores e mais complexas obras”.

Na edição anterior, o prémio foi atribuído ao projeto do Estádio da Universidade da Maia (ISMAI), da autoria dos arquitetos José Carlos Loureiro, antigo estudante e professor da Escola Superior de Belas Artes do Porto (ESBAP) e da sucessora FAUP, José Manuel Loureiro, antigo estudante da ESBAP, e Luís Pinheiro Loureiro, antigo estudante da FAUP.

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