Oferecer diferentes perspetivas sobre a ideia de comunidade é o principal objetivo da 9.ª edição do IndieJúnior – Festival Internacional de Cinema Infantil e Juvenil do Porto, a decorrer entre os dias 27 de janeiro e 2 de fevereiro. À semelhança de edições anteriores, o festival deste ano vai passar por diversos espaços da Universidade do Porto, que volta a apoiar o certame através da atribuição do Prémio Impacto.

Espelhando os mais diversos contextos, tais como migrações, guerras e agressões contra crianças em várias partes do globo, os filmes selecionados, mais de 50, pretendem criar espaços de reflexão sobre como robustecer o espírito da construção coletiva, da empatia e da vida em comunidade.

As curtas vão entrar com competição, nomeadamente na disputa do Prémio Impacto, oferecido pela Reitoria da U.Porto e que pretende distinguir um filme pela importância temática, cuidado estético e pela criatividade. O júri será constituído por elementos da universidade e jovens estudantes do ensino secundário.

Vamos ao programa?

Já no dia 18 de janeiro, às 16h00, a Casa Comum – à Reitoria – da U.Porto recebe a sessão de aquecimento, na qual serão apresentadas algumas curtas metragens que estiveram em competição na edição anterior. A saber: Mamã Pilha; Luce e o Rochedo; A Marcha das Formigas; A Poça da Maré e Corrida. A entrada é livre.

Dia 30 de janeiro, às 11h00, terá lugar um filme-debate na Casa Comum. Após a exibição de Regras do Jogo, de Christian Zetterberg, haverá espaço para uma conversa sobre adolescência, identidade, regras e convenções e refletir sobre estas temáticas. Quem dita as leis? Até que ponto importa a forma como os outros nos veem? Que impacto têm essas opiniões? A conversa contará com a colaboração do Plano Nacional das Artes (PNA).

No dia seguinte, 31 de janeiro, às 18h00, a Casa Comum será espaço de encontro com “Filmes Feitos em Comunidade”. Serão apresentados três projetos cinematográficos desenvolvidos em contextos de comunidade – Percebes (Alexandra Ramires e Laura Goncalves), As Cores do Oceano (Associação de Ludotecas do Porto e alunos da EB de São João de Deus) e Conseguimos Fazer um Filme (Tota Alves). Logo após a exibição haverá um espaço de partilha de experiências com o público.

Na rubrica O Meu Primeiro Filme, que se dedica a mostrar clássicos de cinema, a Vice-Reitora para a Cultura e Museus da U.Porto escolheu O Feiticeiro de Oz, de Victor Fleming. Será no dia 1 de Fevereiro, às 15h45, no Centro Cinema Batalha, que Fátima Vieira vai  partilhar as memórias e a importância que este filme teve na sua vida de “palmo e meio”.

“O Feiticeiro de Oz” é a escolha da Vice-Reitora Fátima Vieira para “O meu Primeiro Filme”. Passa dia 1 de fevereiro, às 15h45, no Centro Cinema Batalha. (Foto: DR)

No total, o programa da 9.ª edição do IndieJúnior inclui a exibição de 57 filmes em vários espaços da cidade do Porto (Batalha Centro de Cinema, Biblioteca Municipal Almeida Garrett, Coliseu Porto Ageas, Maus Hábitos e Casa Comum). Dos filmes a concurso, 44 são curtas metragens e 10 são portugueses.

Todas as informações sobre o Festival podem ser consultadas em www.indiejunior.com.

Cinema com Ciência na Galeria da Biodiversidade

Também no âmbito da 9.ª edição do IndieJúnior , e a pensar nos grupos escolares e nas famílias, o Museu de História Natural e da Ciência da Universidade do Porto (MHNC-UP) preparou uma seleção de oficinas a decorrer na Galeria da Biodiversidade – Centro Ciência Viva.

A primeira oficina, intiulada Ligações Vivas: A Comunidade Biótica, vai acontecer dias 28 de janeiro (das 10h00 às 11h00 e das 11h30 às 12h30) e 2 de fevereiro, das 10h00 às 11h00 e das 11h30 às 12h30.

De forma a compreendermos melhor as relações entre os seres vivos que fazem parte de uma comunidade biótica, partir-se-á da curta-metragem A Carpa e a Criança, de Arnaud Demuynck e Morgane Simon, para construir uma Teia Alimentar, que permitirá aos participantes explorar as interações entre diferentes espécies que coexistem num determinado habitat, neste caso um lago. Nesta teia alimentar, vamos identificar e representar os seres vivos que surgem no filme e descobrir como se relacionam entre si. Quem é o predador? Quem é a presa? Esta atividade ajuda-nos a perceber como os ecossistemas funcionam e a importância de cada ser vivo no seu conjunto. Vamos perceber que as comunidades bióticas são sistemas complexos e interligados.

“Um mundo como o Nosso” é o título de uma das oficinas que vai decorrer na Galeria da Biodiversidade – Centro Ciência Viva. (Foto: DR)

Um Mundo dentro de Outro: Explorar os Ecossistemas é o título da atividade que vai decorrer dia 29 de janeiro, das 10h00 às 11h30. No nosso planeta existe uma incrível diversidade de formas de vida, organizadas em comunidades biológicas que interagem entre si e com o ambiente – os chamados ecossistemas. Cada ecossistema é único, mas todos têm uma coisa em comum: a interdependência. Nesta atividade, a missão será explorar esses sistemas e perceber o papel de cada elemento que deles faz parte.

Ainda no dia 2 de fevereiro, das 15h00 às 16h00, Num Planeta como o Nosso é o nome da oficina destinada a famílias com crianças a partir dos 5 anos. Todos vão tentar descobrir o que está a pôr em perigo o planeta e o que podemos fazer para o ajudar.

A participação nestas oficinas é gratuita, mediante inscrição prévia (com vagas limitadas) e obrigatória para o e-mail [email protected]