Rui Nunes, professor da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), é o novo vice-presidente da Academia Nacional de Medicina de Portugal.
Para o docente, a eleição para este cargo “é uma enorme honra e uma subida distinção”. “Para mim, pessoalmente, mas, também, para a minha faculdade, pois só fui eleito porque a FMUP me deu todas as condições para complementar a minha atividade como médico com o desenvolvimento de uma área de impacto internacional, como é a bioética e a ética médica”, reage.
Nas palavras de Rui Runes, desempenhar a vice-presidência desta Academia significa “o reconhecimento da minha trajetória no mundo académico, mas, sobretudo, a importância que a Medicina hoje atribui a áreas emergentes como a bioética ou os cuidados paliativos. Ser vice-presidente da Academia Nacional de Medicina de Portugal é obviamente uma das maiores distinções que um professor de medicina pode almejar”.
Rui Nunes assume a vice-presidência desta prestigiada Academia para a qual foi eleito Académico Correspondente, por proposta de Alexandre Sousa Pinto, em março de 2003. Em novembro de 2017, foi eleito Académico Titular, ocupando a Cadeira XXXVIII, que estava vaga por jubilação de António Rendas.
Ao longo do seu mandato no próximo triénio, espera, “em estreita cooperação com o presidente e demais órgãos de gestão, impulsionar a Academia no plano nacional, mas também internacional. Presentemente já integro um grupo de trabalho das Academias Nacionais de Medicina Europeias para efetuar um Livro Branco sobre Inteligência Artificial e Medicina. Tenciono aprofundar ainda a mais a minha colaboração com este grupo europeu”.
Rui Nunes irá trabalhar com Duarte Nuno Vieira, eleito presidente, e com Emília Monteiro, vice-presidente, “com espírito de equipe e com total cooperação, dado que os desafios que a Medicina hoje enfrenta, sobretudo para os jovens médicos, são de tal magnitude que só uma direção coesa e em total sintonia pode ser bem-sucedida”.
A Academia Nacional de Medicina de Portugal tem uma longa história e tradição. “Congregando as mais relevantes figuras da Medicina portuguesa, tem a responsabilidade única de contribuir para o desenvolvimento da Medicina do ponto de vista científico e tecnológico, mas, também, para a dimensão ética e humana da prática médica, nomeadamente, no plano da integridade profissional, académica e científica”, conclui.
Rui Nunes é professor, diretor do Centro de Bioética, diretor do Programa Doutoral em Bioética (FMUP/CFM) e do Programa Doutoral em Cuidados Paliativos da FMUP, além de presidente da International Chair in Bioethics e investigador do RISE-Health.
Recebeu diversos prémios na sua carreira e publicou vários livros sobre temas relacionados com a bioética, a saúde, a cultura e a sociedade.