A Universidade do Porto foi a instituição escolhida para assumir, a partir de janeiro de 2025, a presidência da European University Alliance for Global Health (EUGLOH), a inovadora Aliança de universidades que reúne nove instituições de oito países europeus.
Durante um ano, a U.Porto assumirá assim um papel estratégico na coordenação das atividades daquela que constitui uma das primeiras 17 alianças de universidades financiadas pela Comissão Europeia.
De acordo com o Reitor da U.Porto, António Sousa Pereira, a presidência da Universidade centrar-se-á em “três prioridades fundamentais, que se alinham com a missão e a visão estratégica da EUGLOH: a Cooperação centrada nos estudantes; a Inovação e envolvimento externo; e o Aprofundamento das sinergias académicas e de investigação“, conforme enunciou na última reunião do “Governing Board” da Aliança, realizada no dia 11 de dezembro.
No que toca ao primeiro ponto, o Reitor lembra que “os estudantes estão sempre no centro da visão da EUGLOH”. Mas promete ir mais além: “Vamos concentrar-nos na sua participação ativa na ‘vida’ da Aliança, nas suas atividades e grupos de trabalho, e continuar a promover uma cultura de verdadeira cocriação e comunicação estreita. Juntos, garantimos que as iniciativas da EUGLOH vão ao encontro das aspirações e necessidades dos estudantes”.
Relativamente às sinergias académicas e de investigação, o ano de 2025 promete trazer um Espaço de Investigação “renovado” no seio da Aliança. Para tal, António de Sousa Pereira aponta à implementação da “Estratégia EUGLOH para a dimensão da investigação e inovação” e à “apresentação de uma proposta de projeto no âmbito da “Iniciativa Europeia de Excelência” do Horizonte Europa em 2025, que sublinha o empenho do EUGLOH na transformação institucional e na investigação em colaboração”.
Já no campo da “Inovação e Envolvimento Externo”, a presidência da U.Porto pretende “reforçar as ligações entre o meio académico, o setor privado e as autoridades locais” em várias frentes. Nesse sentido, conta com iniciativas como o “EUGLOH Stakeholder Forum”, um evento – a decorrer em outubro – que servirá de “plataforma para integrar atores externos dos nossos ambientes socioeconómicos na vida da nossa Aliança”.
“Este esforço, em consonância com a recente “Estratégia de Relações Externas da EUGLOH”, irá realçar o papel da EUGLOH como motor do impacto social, da inovação e da excelência no empreendedorismo”, projeta António de Sousa Pereira, na véspera de uma presidência para a qual a U.Porto parte “profundamente empenhada em defender os valores de inclusão e diversidade cultural da Aliança”.
Ainda no quadro da presidência da EUGLOH, a U.Porto ficará responsável por supervisionar a implementação do projeto “EUGLOH 2.0”. Adicionalmente, caberá à Universidade assumir um papel central na representação externa da Aliança, fortalecendo a comunicação entre parceiros e com o exterior.
Em paralelo, a U.Porto manterá uma participação ativa nos mais de 30 grupos de trabalho que compõem a Aliança, em domínios tão abrangentes como: a digitalização; a mobilidade académica; a oferta formativa conjunta e inovação pedagógica; a promoção de sinergias entre educação, investigação e inovação; a empregabilidade e aprendizagem ao longo da vida; entre outras.
Recorde-se que a U.Porto é a terceira Universidade da Aliança a assumir a presidência rotativa, sucedendo à Universidade de Lund e à Universidade Ártica da Noruega. Em 2026, esse papel caberá à Universidade de Hamburgo (Alemanha).
Sobre a EUGLOH
Fundada em 2019 pelas Universidade do Porto (Portugal), de Paris-Saclay (França), Lund (Suécia), Ludwig-Maximilian de Munique (Alemanha) e Szeged (Hungria), a European University Alliance for Global Health (EUGLOH) tem como missão a criação de um “campus europeu integrado”, no qual as comunidades das várias universidades podem circular e cooperar entre si nos domínios do ensino, investigação e da inovação na área da saúde global.
Em 2023, o consórcio evoluiu para a EUGLOH 2.0, que, ao longo dos próximos quatro anos, vai aplicar mais de 14 milhões de euros em áreas como a mobilidade de estudantes e investigadores, ou a cooperação científica ao mais alto nível.
Aos cinco membros-fundadores juntaram-se, nesta segunda fase do consórcio, a Universidade de Hamburgo (Alemanha), a UiT – Universidade Árctica da Noruega (Noruega), a Universidade de Novi Sad (Sérvia) e a Universidade de Alcalá (Espanha).