E se fosse possível arredondar cada pagamento e investir em empresas e projetos que criam um impacto positivo no mundo? É essa a ideia da startup Impacte, um projeto concebido no Mestrado em Inovação e Empreendedorismo Tecnológico das Faculdades de Engenharia (FEUP) e de Economia (FEP) da Universidade do Porto, e incubado no Parque de Ciência e Tecnologia da U.Porto (UPTEC).

A startup está a construir uma plataforma de pagamento que permite aos utilizadores causar um impacto positivo em cada compra, ao arredondar as transações, permitindo aos utilizadores micro-investir, automaticamente, em entidades que reflitam os seus valores sociais e ambientais.

Ao contrário dos investimentos tradicionais, que se concentram apenas no desempenho financeiro, o investimento sustentável permite investir em empresas, organizações e fundos com o objetivo de enfrentar desafios globais prementes, tais como alterações climáticas, desigualdade social e desenvolvimento sustentável, gerando, paralelamente, retorno financeiro.

A plataforma da Impacte conta com uma fácil configuração, acompanhamento transparente e opções personalizáveis que garantem uma experiência de investimento adaptada aos valores e objetivos de cada um.

Uma das dez fintech emergentes em Portugal

O potencial da startup foi, recentemente, reconhecido na edição de 2024 do Portugal Fintech Report, que destacou a Impacte como uma das dez fintech emergentes do ecossistema português.

Para Luís Lopes, um dos fundadores da startup, a menção feita no Portugal Fintech Report é o ponto de partida para a jornada da Impacte: “Este reconhecimento é um marco significativo para nós, uma vez que realça o nosso empenho em soluções de investimento sustentáveis e o potencial que vemos no sector das fintech. Para nós, na Impacte, reflete o trabalho árduo e a nossa ambição de tornar o investimento socialmente responsável acessível a todos”

Olhando para o futuro, “o nosso objetivo é desenvolver e expandir as nossas ofertas, e o nosso impacto na União Europeia, continuando a capacitar os indivíduos para investirem de acordo com os seus valores sociais. Estamos entusiasmados com esta viagem e com a oportunidade de fazer uma diferença significativa no panorama das fintech”, projeta Nuno Lopes.

O relatório elaborado pela Portugal Fintech, com o apoio da KPMG Portugal, revela, anualmente, o estado do ecossistema fintech português, divulgando estatísticas da indústria, entrevistas com especialistas e exemplos reais de colaboração.

No total, o «The Portugal Fintech Report 2024» destaca oito empresas com ligação à UPTEC – Parque de Ciência e Tecnologia da U.Porto. Para além da Impacto, são referidas a Jscrambler, a Ethiack, a Probely, a Tagpeak, a Invisible Collector, todas elas incubadas atualmente na UPTEC. Nesta lista constam, ainda, a Coverflex e a Ubirider, empresas graduadas da UPTEC.