Quem são os jovens líderes do futuro? É a pergunta que o banco Santander, em parceria com o Expresso, quis ver respondida ao lançar o Prémio Primus Inter Pares, que pretende impulsionar as carreiras de jovens mestres.

Francisco Verdelhos, de 23 anos, finalista do Mestrado em Engenharia e Gestão Industrial pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), alcançou o segundo lugar da competição e o direito à frequência de um MBA (Master in Business Administration).

“É uma oportunidade única para o desenvolvimento de competências técnicas, mas sobretudo uma aposta formal no aperfeiçoamento de soft skills essenciais para uma liderança de sucesso, como a comunicação, a capacidade de entregar uma mensagem e, sobretudo, de motivar uma equipa na procura de um objetivo comum. Estender a minha rede de contactos, conhecer formas diferentes de pensar e catapultar a minha carreira para um patamar diferente são algumas das mais-valias obtidas através deste prémio, alavancando as inúmeras portas que se abrem com o concluir de um ciclo de estudos deste nível”, avança o antigo estudante da FEUP.

Os participantes foram submetidos a vários testes psicotécnicos e, do grupo inicial, avançaram 24 jovens, completando uma série de desafios desenvolvidos por uma consultora de recursos humanos. A última etapa destinou-se apenas aos cinco finalistas e consistiu numa entrevista conduzida pelo comité de seleção do prémio.

Francisco confessou que a preparação foi desafiante e a gestão do tempo num período de conclusão do mestrado nem sempre foi fácil, apesar de todo o processo ter sido “extremamente enriquecedor”. “As fases de seleção que fomos passando proporcionaram processos de introspeção que são certamente enriquecedores, como a conceção de uma análise SWOT pessoal ou a estruturação de um plano de carreira a longo prazo. É um processo totalmente diferente de outros de recrutamento em que já estive”, comenta.

Sempre quis realizar um MBA e afirma só ter chegado a este patamar por “possuir uma estrutura de apoio incondicional da minha família, para que eu pudesse traçar um caminho profissional sólido e alinhado com os meus valores”, aliado a um “perfil de liderança estruturado, resiliente e colaborativo, capaz de se adaptar e de motivar mudanças construtivas”.

O objetivo, por agora, é continuar a trabalhar durante mais alguns anos e só depois usufruir do prémio. Já a construir carreira no estrangeiro, terá sempre em mente o propósito de regressar a Portugal para “retribuir à comunidade” tudo aquilo que lhe foi dado durante o seu processo formativo”. A longo prazo tem também como ambição voltar à Faculdade de Engenharia, mas desta vez como professor.