Se a cada um o seu contexto, o mesmo se poderá dizer de cada olhar. Cada perspetiva que se quer partilhada. Durante cerca de dois meses, a Universidade do Porto vai oferecer um programa de visitas orientadas, com direito a making-of e uma mesa redonda, a O nome igual nos dois?, exposição que está patente ao público nas Galerias da Casa Comum (à Reitoria).

Paula Rego, Lourdes Castro, Maria Helena Vieira da Silva, Graça Morais, Arpad Szenes, Nikias Skapinakis, Júlio Pomar e Júlio Resende são alguns dos artistas representados nesta exposição que reúne cerca de 60 peças, provenientes da coleção Manuel Brito, e que, neste contexto, assumem a função de “receituário para a liberdade”.

É, precisamente, deste universo que se farão emergir novas narrativas sobre a exposição, trazidas por protagonistas de várias áreas. A começar já no próximo dia 30 de novembro, às 15h30. A “liderar” a primeira visita estará Paulo Farinha Marques, professor associado de Arquitetura Paisagista da Faculdade de Ciências da U.Porto (FCUP) e Diretor do Jardim Botânico da U.Porto, que tem combinado a docência com a elaboração de projetos de arquitetura paisagista a várias escalas.

No dia 7 de dezembro, pelas 15h00, caberá a Vitor Tito fazer as “honras da Casa”. Que perspetiva sobre este “receituário para a liberdade” terá o Presidente da direção do Clube Fenianos Portuenses?

Ainda durante o mês de dezembro, dia 14, às 15h00, será possível visitar a exposição pelo olhar de Jéssica Silva. Depois da licenciatura em História da Arte e mestrado em Estudos Culturais, Literários e Interartes, esta estudante de doutoramento em Estudos de Património na Faculdade de Letras da U.Porto (FLUP) faz incidir a sua investigação em Maria Helena Vieira da Silva e Árpád Szenes. Irá explor o tema “Apátrida, sim, mas do mundo!”

Para fechar o ano com “chave de ouro”, damos a conhecer quem esteve nos bastidores de O nome igual nos dois?. No próximo dia 19 de dezembro, às 18h00, haverá uma visita guiada por quem projetou, organizou, produziu e comunicou a exposição. Esta visita fará parte de um documentário com o Making-Of da exposição.

A exposição reúne cerca de 60 obras provenientes da coleção Manuel Brito. (Foto: U.Porto)

Programa para o primeiro mês do Novo Ano

Logo no primeiro sábado de 2025, dia 4 de janeiro, às 15h00, as visitas serão orientadas pela mão de José Emídio. Será uma oportunidade única para conhecer O nome igual nos dois? pelo olhar do Presidente do Conselho de Administração da Cooperativa de Atividades Artísticas Árvore e que, para além da docência, também se dedicou à gravura, serigrafia, cerâmica e ilustração.

No sábado seguinte, dia 11 de janeiro, também às 15h00, é António Ponte quem lança o convite. O Diretor do Museu Nacional Soares dos Reis (MNSR) é doutorado em Museologia pela FLUP, foi Diretor Regional da Cultura do Norte, Diretor do Paço de Duques de Bragança, em Guimarães, e ainda Coordenador do Museu de Vila do Conde. É também Vice-Presidente do Comité Internacional do ICOM – DEMHIST.

Dia 18 de janeiro, à mesma hora, Carlos Magno será o “anfitrião da Casa”. Formado em Jornalismo, foi repórter, editor, diretor e administrador em órgãos de comunicação social como o Expresso, o Diário de Notícias, a TSF e a Antena 1. Fez análise política e programas regulares de entrevistas. Foi presidente da Entidade Reguladora para a Comunicação Social. Apresenta um programa semanal na CNN Portugal.

Mesmo a terminar este programa de partilhas, teremos a perspetiva do presidente da autarquia portuense, Rui Moreira. Que obras irá destacar e que histórias nos poderá contar o antigo presidente da Associação Comercial do Porto? Basta fazer a inscrição. A visita orientada irá decorrer no dia 22 de janeiro às 17h00.

… E ainda, visitas semanais

Quem não passar o fim de semana no Porto terá também oportunidade de partilhar desta experiência de mediação. Basta inscrever-se numa das visitas semanais que terão lugar, a partir de 27 de novembro, todas as quartas e sextas feiras, pelas 15h00.

As visitas serão orientadas pelo curador da exposição, Hugo Barreira (FLUP-CITCEM), ou pela historiadora de Arte Susana Pacheco Barros.

Haverá ainda uma mesa redonda que irá refletir sobre obras, autores, percursos e temas convocados pela exposição, em diálogo com as problemáticas da Arte e da Cultura nos séculos XX e XXI em Portugal e em contexto internacional.

A participação é gratuita em todas as iniciativas, ainda que sujeita à lotação das salas. Para todas as visitas, basta fazer uma inscrição prévia.