Foi uma plateia entusiasta aquela que, no passado, encheu o auditório da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação (FPCEUP) para uma celebração especial: comemorar os 44 anos da faculdade e, em simultâneo, os 50 anos do 25 de Abril.
Num “dia memorável” para a FPCEUP, nas palavras do Diretor, Pedro Nobre, as mais de quatro décadas de história da faculdade cruzaram-se com o caminho de implementação e consolidação da Democracia em Portugal. Memórias servidas numa mesa-redonda que juntou Luiza Cortesão Professora Emérita da U.Porto e figura histórica da FPCEUP, o professor e sociólogo Manuel José Sarmento (Universidade do Minho), e Alberto Martins, ex-Ministro da Justiça e líder do movimento estudantil que desencadeou a crise académica de 1969.
“Presente”, ainda que à distância, esteve também Manuel Alegre que, numa mensagem de vídeo, recordou a “época eufórica” que coincidiu com a criação da FPCEUP (em 1980), a consolidação da Democracia e da abertura de Portugal à Europa, em nítida contracorrente com a “época disfórica” atual, em que, ainda nas palavras do poeta e político, “os movimentos de Extrema-Direita e liberais corroem a Democracia”.
O Dia da FPCEUP 2024 foi também a ocasião para homenagear docentes e técnicos recentemente aposentados, para acolher novos membros da Comunidade (novos técnicos, Doutorados e Agregados) e para reconhecer o mérito dos estudantes da Faculdade.
A sessão foi pontuada por vários momentos musicais, como os protagonizados pela tunas da FPCEUP, que interpretaram músicas de Zeca Afonso. A fechar com “chave de ouro”, ouviu-se e cantou-se “Grândola Vila Morena”, pela voz do Coral de Letras.