É uma proposta para uma segunda-feira diferente. É gratuita e acontece no dia 18 de novembro, no Edifício Histórico da Reitoria da Universidade do Porto. O convite inclui uma visita ao Laboratório Ferreira da Silva e à exposição O nome igual nos dois? Um receituário para a liberdade na Coleção Manuel Brito. É uma forma diferente de começar a semana e de celebrar o Dia Europeu do Património Académico.
O ponto de encontro será às 17h00, no átrio central da Reitoria (entrada pela Praça Gomes Teixeira). A partir daí, os participantes serão conduzidos até ao Laboratório de Química Analítica Ferreira da Silva, situado no polo central do Museu de História Natural e da Ciência da U. Porto (MHNC-UP). À sua espera, estará Marisa Monteiro, curadora das coleções de instrumentos científicos do MHNC-UP, elementos fundamentais do património científico e cultural das universidades.
Para além dos armários centenários, originalmente do Gabinete de Física da Academia Politécnica do Porto, que histórias guardam os numerosos instrumentos científicos de ensino e investigação utilizados pelas diferentes áreas da Física? Que utilidade tinham? Que descobertas permitiram? Para descobrir as respostas, basta fazer a inscrição até às 18h00 do dia 17 de novembro, através do e-mail [email protected].
Ainda pelos espaços da “casa mãe” da U.Porto, a visita irá prosseguir, pelas 18h00, nas Galerias da Casa Comum. É lá que se encontra a exposição O nome igual nos dois? Um receituário para a liberdade na Coleção Manuel Brito.
Orientada pelo curador da exposição, Hugo Barreira (FLUP-CITCEM), e pela historiadora de Arte Susana Pacheco Barros, a visita vai percorrer as várias galerias para dar a conhecer uma seleção de obras escolhidas, particularmente, para este dia. Serão destacados os trabalhos da autoria de artistas ligados às Belas Artes do Porto. Como por exemplo? Augusto Gomes (1910-1976), José Rodrigues (1936-2016), Júlio (1902-1983), Júlio Pomar (1926-2018), Eduardo Luiz (1932-1988), Júlio Resende (1917-2011), Dordio Gomes (1890-1976) e Graça Morais (1948-).
A exposição apresenta obras provenientes da Coleção Manuel de Brito, referência no universo dos galeristas e livreiros em Portugal no século XX, à qual o filho, Manuel Brito, deu continuidade na presente coleção. O título O nome igual nos dois? Um receituário para a liberdade na Coleção Manuel Brito” surge de um pequeno texto que Júlio Pomar escreveu na obra Golo (de homenagem a Manuel Brito), de 2014. No canto inferior direito do quadro pode ler-se “O mesmo nome nos dois? É o mesmo, não o mude. No caso de ser Manuel Brito, pois!”
Tomando a obra enquanto ato de resistência à opressão e exercício de liberdade, valores refletidos no percurso de ambos, a exposição centra-se nos caminhos (por vezes contraditórios) da arte e dos artistas portugueses. Eleita como imagem fundamental da mostra, a obra de António Dacosta, oficialmente “sem título” e oficiosamente intitulada “Salazar”, alude a múltiplas fórmulas utilizadas pela arte para exercer a resistência num ambiente de repressão e restrição à liberdade. A espátula, elemento comum do atelier e da cozinha, surge manchada, insinuando uma utilização ambígua e remetendo para um trânsito poroso entre significado e significante, objeto e representação.
As inscrições para esta visita devem fazer-se através do e-mail [email protected]
Sobre o Dia Europeu do Património Académico
A celebração do Dia Europeu do Património Académico partiu da Comissão Especializada de Cultura do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP), ativada pela U.Porto durante o primeiro Encontro Nacional Universidade e Cultura, realizado em dezembro de 2020.
A efeméride foi celebrada pela primeira vez, em Portugal, a 18 de novembro de 2021. Nesse data, 16 instituições de ensino superior nacionais responderam ao desafio de abrirem as suas portas à comunidade, lançado pelo Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP). O programa completo de atividades, a nível nacional, pode ser encontrado aqui.