A docente e investigadora Isabel Sousa Pinto, do Departamento de Biologia da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP) e do Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental da U.Porto (CIIMAR-UP), está entre os novos membros que acabam de ser anunciados pela Academia Europeia das Ciências (EurASc), uma associação internacional que tem como missão reconhecer e eleger os melhores cientistas europeus com uma visão para a Europa como um todo, visando o desenvolvimento da ciência e a cooperação científica europeia.
“A Professora Isabel Sousa Pinto traz para a nossa comunidade uma experiência inigualável em biologia marinha e conservação ambiental”, destaca a instituição na rede social LinkedIn.
Para a professora da FCUP e investigadora do CIIMAR-UP, que integrará a divisão de Ciências da Terra e Ambiente da EurASc, esta nomeação significa um “reconhecimento do seu trabalho por parte da comunidade científica internacional, e que abrange todas as áreas da ciência e tecnologia”.
A Academia Europeia das Ciências é uma associação internacional, totalmente independente, composta por académicos de renome, e que procura ainda aproveitar a experiência dos seus membros para aconselhar outros organismos europeus ao nível da melhoria da investigação europeia, da aplicação tecnológica e do desenvolvimento social.
A eleição dos fellows da EurASc inicia com uma proposta feita pelo Comité Científico das Divisões da Academia, que é devidamente sujeita à aprovação do General Board – composto pelos membros do Presidium e pelos coordenadores das diversas divisões.
Os novos membros recentemente anunciados na página da Academia Europeia das Ciências irão tomar posse numa cerimónia a decorrer nos dias 29 e 30 de outubro, na Academia de Ciências de Lisboa.
Sobre Isabel Sousa Pinto
Investigadora Principal do Laboratório de Biodiversidade Costeira do CIIMAR e Professora Associada do Departamento de Biologia da FCUP, Isabel Sousa Pinto foi a representante de Portugal – via FCT (Fundação para a Ciência e Tecnologia) – na IPBES entre 2013 e 2018. Nesse ano, foi eleita como membro do órgão máximo de supervisão científica – o Multidisciplinary Expert Panel (MEP) – daquele órgão intergovernamental independente, aberto a todos os países membros das Nações Unidas, que se dedica à produção e análise de informação que apoie a decisão política e legislativa nas áreas ligadas à biodiversidade.
Também em 2018, colaborou num conjunto de estudos sobre a biodiversidade, os quais indicam que 42% das espécies animais e vegetais existentes na Europa diminuíram as suas populações na última década.
Realizados durante três anos, estes estudos envolveram uma equipa de mais de 550 especialistas de mais de 100 países. A Isabel Sousa Pinto coube co-liderar um dos seis capítulos apresentados na Assembleia Geral do IPBES, focado nas questões da avaliação sobre o estado e as tendências da biodiversidade marinha para a região da Europa e Ásia Central.
Em 2022, conquistou o Prémio Gulbenkian para a Humanidade.