A dissertação de Ângela Moreira, realizada no âmbito do Mestrado Integrado em Arquitetura da Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto (FAUP), e intitulada Intervenções modernas de nobrecimento urbanístico e arquitectónico da cidade: O traçamento da Rua do Loureiro no Porto, foi distinguida com o Prémio Dr. Artur de Magalhães Basto 2021, destinado aos melhores estudos monográficos sobre a História da Cidade do Porto, até ao século XIX.

Inserida na problemática das transformações urbanas, a dissertação premiada – com 2.500 euros – reflete sobre intervenções urbanísticas e arquitetónicas no núcleo intramuros da cidade do Porto, tendo como objeto de estudo a Rua do Loureiro, desde o seu traçado original, em resposta à implantação do Mosteiro de S. Bento da Avé Maria no século XVI, até à sua condição actual.

Este trabalho de investigação, que contou com orientação das docentes Maria José Casanova e Carla Garrido de Oliveira, diferencia-se “por reconhecer a importância da documentação escrita, relacionada com aquela cartográfica e iconográfica que, através do desenho como ferramenta, propõe uma tradução e interpretação desenhadas, revelando um processo de pensamento projetual permanentemente moderno, contínuo e atento à cidade”.

Promovido pela Associação Círculo Dr. José de Figueiredo – Amigos do Museu Nacional de Soares dos Reis e Irmandade dos Clérigos, o Prémio Dr. Artur de Magalhães Basto presta homenagem àquele que é por muitos apelidado de “Cronista-Mor do Porto”.

Natural do Porto, Artur de Magalhães Basto (1894-1960) foi professor na primeira Faculdade de Letras da U.Porto (1923-1931). Autor de centenas de estudos sobre a História da Cidade do Porto, foi também chefe dos serviços de Paleografia e Manuscritos da Biblioteca Nacional do Porto, Diretor do Gabinete de História da Cidade e Diretor do Arquivo Distrital do Porto.