Foi com um forte representação de docentes e de investigadoras que a Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto (FPCEUP) apresentou, no passado dia 19 de julho, na Reitoria da U.Porto, a nova Unidade Curricular de Competências Transversais e Transferíveis (CTT) de Prescrição Cultural.
Moderada por Pedro Nobre, Diretor da FPCEUP, a sessão aconteceu durante o I Encontro Nacional sobre Prescrição Cultural, que reuniu especialistas das áreas da Saúde e das Artes e que refletiu sobre as evidências científicas de projetos que preveem “receitas” de contornos socio-artísticos como ferramentas centrais na promoção da saúde e do bem-estar.
A nova Unidade Curricular estará disponível a todos os estudantes de Licenciaturas, Mestrados e Doutoramentos da U.Porto a partir do segundo semestre do próximo ano letivo. Constitui o eixo de Formação de um programa mais amplo de intervenção sistemática, que inclui também um eixo de Ação e um eixo de Investigação.
Presente nos três eixos, a FPCEUP organizará também formações para profissionais de saúde (nomeadamente médicos e psicólogos), mediadores culturais e artistas; apostando igualmente na consultoria, na monitorização de atividades e na medição dos seus impactos.
A equipa da FPCEUP inclui Carolina Guedes, Catarina Grande, Diana Alves, Joana Cadima, Joana Cruz, Joana Manarte e Sofia Pais.
Cultura (também) é Saúde
A criação da nova Unidade Curricular acontece na senda de vários projetos nacionais e internacionais que envolveram docentes da FPCEUP, e que exploraram, ao longo dos últimos anos, a ideia da Arte como coadjuvante, numa lógica terapêutica e/ou de inclusão.
Entre eles, estão os projetos ArtiCULan: Art, TIme, Culture and Language, implementado em escolas primárias de vários países europeus; #NarcissusMeetsPandora, que explorava a relação de jovens com as redes sociais; ou ainda Cante Pela Sua Saúde, delineado para pessoas seniores (maioritariamente institucionalizadas), cuja terceira edição arranca no próximo mês de setembro.
Segundo um relatório da Organização Mundial da Saúde (O.M.S.), de 2019, a fruição e a participação cultural têm um impacto positivo na saúde e no bem-estar, na gestão e no tratamento de doenças ao longo da vida, atuando de forma preventiva ou remediativa junto de indivíduos ou de comunidades referenciadas.