Mais de uma centena de alunos do ensino secundário da zona norte e centro do país aderiram à proposta do Dia Aberto do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS) da Universidade do Porto, iniciativa que, no passado dia 25 de julho, procurou esclarecer as razões pelas quais o ICBAS deve ser “a primeira escolha” dos futuros universitários.
Recheado de atividades, o Dia Aberto do ICBAS 2024 foi “estrategicamente organizado” depois da segunda fase dos exames nacionais e em plena época de candidaturas ao Ensino Superior, “para que [os participante] pudessem estar aqui sem preocupações, e possam tomar a decisão [de qual a instituição de Ensino Superior que querem escolher] em consciência, com leveza e com convicção”, como explicou Isabel Lourinho, psicóloga clínica e coordenadora do Gabinete de Apoio ao Estudante, Empregabilidade e Alumni (GAEEA) do ICBAS na abertura da sessão.
A paixão como a “peça agregadora de uma Escola cheia de referências nas várias áreas científicas”, mas também no humanismo, foi o aspeto que o diretor do ICBAS, Henrique Cyrne Carvalho, procurou destacar no discurso de boas-vindas.
“É a paixão que junta as pessoas nesta casa, e isso é qualquer coisa que vocês vão descobrir se nos escolherem. O tempo que se aproxima é, com certeza, um tempo de estudo, mas também será tempo de aprender a ser melhor, mais completo, e fazê-lo num ambiente descontraído e feliz é o que melhor vos poderá acontecer. Esse ambiente encontram-no aqui”, salientou o responsável.
Um ambiente propício à descoberta, entreajuda e cooperação, como também frisou o presidente da Associação de Estudantes (AEICBAS), Pedro Moreira: “saibam que, para apoiar, acompanhar e potenciar o vosso caminho, terão sempre uma Direção de porta aberta, uma Associação de Estudantes que trabalhará sempre em prol do vosso melhor interesse, e uma comunidade única que inevitavelmente se sente como uma segunda família”.
No seu discurso, o representante dos estudantes destacou a qualidade académica da instituição, mas também o espírito das biomédicas que tanto a caracteriza: “No ICBAS, acreditamos que a educação vai além das salas de aula e dos livros. Acreditamos no desenvolvimento integral do indivíduo, na importância da prática, da pesquisa, e na aplicação do conhecimento em prol da sociedade”.

Os mais de 100 participantes puderam experimentar as várias áreas de formação do ICBAS. (Foto: DR)
“Uma Escola sem tabus”
Depois das boas-vindas, foi tempo de falar de história e dos valores que estão na base da fundação das biomédicas, e que tornam o ICBAS um ecossistema único. O professor e também antigo estudante, Eduardo Rocha, contou a história dos fundadores do Instituto, lembrando “o seu espírito combativo, irreverente e disruptivo, que ainda hoje é uma imagem de marca e que fez e faz do ICBAS uma Escola sem tabus”.
Begoña Pérez, do Gabinete One Health, subiu a palco para dar nota da importância da abordagem Uma Saúde no currículo da oferta formativa e na investigação do ICBAS, destacando como na prática funciona esta proposta “bandeira da instituição”: “esta visão holista da saúde, reforça a importância de colocar todas as áreas (saúde do ambiente, saúde humana e saúde dos animais) a comunicarem entre si, a partilharem conhecimento. Nada melhor do que o ICBAS, onde estas áreas se encontram para aplicar esta abordagem e levá-la para o futuro profissional”, frisou.
Depois da sessão solene, e de um breve coffee break, onde os grupos de estudantes da casa tiveram oportunidade de se dar a conhecer, seguiu-se a habitual sessão de esclarecimento com os diretores dos vários cursos – Medicina, Medicina Veterinária, Ciências do Meio Aquático –, e ainda dos cursos partilhados com outras unidades orgânicas da U.Porto – Bioquímica, Bioengenharia, Bioinformática – e ainda de Medicina Dentária.
Da parte da tarde, os participantes tiveram oportunidade de “por as mãos na massa”, em vários workshops organizados pela AEICBAS, de visitarem as instalações da Escola e ainda de participarem num sunset, que os colocou lado a lado com os estudantes da instituição.