Música, dança, performance, gastronomia, poesia, debate de ideias… São fortes os motivos que, durante o mês de julho, o vão trazer ao Pátio do Museu de História Natural e da Ciência da Universidade do Porto (MHNC-UP). As estrelas já estão alinhadas, só falta… Aparecer! Pode fazer frio? Nós oferecemos as mantas!
Na realidade, o “programa de festas” começa já em junho. No domingo, dia 30, às 21h30, arrancamos com o Ensemble Provinciano e o NEFUP – Núcleo de Etnografia e Folclore da Universidade do Porto. Prepare-se para um concerto de cruzamento entre a música tradicional e música erudita.
Esta edição das “Noites” volta a acolher o CineEco – Festival Internacional de Cinema Ambiental da Serra da Estrela e a primeira apresentação acontece dia 3 de julho. A invenção do outro é um documentário de Bruno Jorge que acompanha uma arriscada expedição, organizada pelo governo brasileiro, à floresta tropical amazónica. Realizada em 2019, esta busca partiu ao encontro de um grupo de indígenas que estavam isolados, vulneráveis, de forma a promover o primeiro contacto com pessoas não indígenas.
Na noite de 4 de julho, o Art’Ventus Quintet apresenta o espetáculo Tempo e Música, um projeto que une musica e comunicação de ciência. Os temas, que têm por inspiração as condições meteorológicas, serão intercalados pelos comentários de uma climatologista. Rita Durão, investigadora do Instituto Português do Mar e da Atmosfera, vai dar-nos uma perspetiva do que muda quando nos deparamos com os efeitos da crise climática.
A primeira gravação deste quinteto português de “ventos” – ou seja, de sopros – Art’Ventus , Swiss Treasures, dedica-se a compositores suíços do séc. XX. Esta noite, vamos ficar com obras de Antonín Dvorak, Camille Saint-Saëns e Samuel Barber. O Art’Ventus Quintet é constituído por Paula Soares (flauta), Tiago Coimbra (oboé), Horácio Ferreira (clarinete), Nuno Vaz (trompa) e Raquel Saraiva (fagote).
Sexta-feira, dia 5 de julho, voltamos ao cinema. A tela será o passaporte para uma viagem que nos vai levar até ao Perú. Las Mejores Familias é a primeira sessão de um ciclo de cinema contemporâneo peruano. O filme de Javier Fuentes León faz-nos participar de um almoço de família durante o qual alguém faz uma grande revelação. Guardado há 30 anos, há um segredo que vai fazer implodir o mundo idealizado de duas famílias de classe alta da cidade de Lima. Uma “bomba” que vai obrigar a uma nova definição do conceito de “família”.
Reserve a noite de sábado, dia 6 de julho, para descobrir novas paisagens sonoras. A combinação da voz de Sofia Faria Fernandes com a eletrónica fará emergir uma espécie de ecossistema simbiótico que dá pelo nome de Dullmea. Não apenas a voz, mas tudo o que habita a respiração entrelaça a música na metamorfose de um único organismo. Lançando o anzol entre os álbuns Hemisphaeria e Ephemeroptera, a viagem de Dullmea faz-se ora de melodias de voz tecida a filigrana de prata, ora do confronto com colossais tempestades sónicas.
Do Brasil à vizinha Espanha, passando por países como o Reino Unido, Itália e Dinamarca e Áustria, a sonoridade de Dullmea já mapeou as mais diversas latitudes. Depois do Pátio do Museu arranca para São Tomé e Príncipe, tendo já concertos agendados até o final do ano em Portugal e no estrangeiro.
Sobre as Noites no Pátio do Museu
Uma iniciativa conjunta da Casa Comum da U.Porto e do MHNC-UP, as Noites no Pátio do Museu tiveram a sua primeira edição no mês de julho de 2020 com uma programação variada que tem colocado o edifício da Reitoria da U.Porto no roteiro das noites de verão da cidade do Porto.
As Noites no Pátio do Museu têm sempre início às 21h30. Durante todo o mês de julho, o “programa das festas” continua e pode confirmar-se aqui.
A entrada para o Pátio do MHNC-UP, sempre gratuita, faz-se pela Cordoaria.