O Colectivo de Poesia – O Poeta a várias vozes da Universidade do Porto volta a reunir-se no próximo dia 21 e maio, terça-feira às 21h30, na Casa Comum (à Reitoria). Maria Teresa Horta é a “poeta do mês”.
É escritora, jornalista e poeta. Juntamente com Maria Isabel Barreno e Maria Velho da Costa (grupo das Três Marias), Maria Teresa Horta (1937) é uma das mais reconhecidas e ativas feministas portuguesas. O grupo lançou o livro Novas Cartas Portuguesas que, na época, gerou uma enorme contestação e obteve um fortíssimo impacto a nível nacional e internacional.
Como autora, foi processada e julgada por “ofensa à moral pública”, em 1972, ao lado de Maria Isabel Barreno e Maria Velho da Costa. No mês em que celebramos os 50 anos do fim deste processo judicial, e no dia seguinte ao seu aniversário, é a escrita de Maria Teresa Horta que une o Colectivo.
Para além do feminismo, celebra-se, acima de tudo, o inconformismo, a transgressão e a coragem de quem nunca se resignou às convenções. De quem teve a coragem de defender o que considerava ser uma vida em sociedade mais justa e democrática.
À boleia dos textos de Maria Teresa Horta, que princípios gostaria de dizer em voz alta? Que convicções gostaria de assinalar? Que comoções gostaria de partilhar? O Colectivo de Poesia estará sempre incompleto se não se desdobrar em diferentes tonalidades… Enfraquecido se não tiver fôlego para a palavra dita. Isto para dizer que sem a colaboração de todos, não será um coletivo.
“Diz”, “Quem”, “Questões de princípio”, “Palavras”, “Escrever”, “ Verso e Veia”, “Invenção”, “Pequena canção à mulher”, “Corpo”… São alguns dos poemas que vão ser partilhados na Casa Comum. Quais vão ser os seus?
Sobre o Colectivo de Poesia – O Poeta a várias vozes
O Colectivo de Poesia é coordenado por Rui Amaral Mendes, professor da Faculdade de Medicina da U.Porto (FMUP) e investigador integrado do Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde (CINTESIS). Fazem, ainda, parte do coletivo Ana Rita Rodrigues, Daniel Macedo Pinto, Ana Almeida Santos, Luís Beirão e Alexandre Lourenço.
A cada terceira terça-feira de cada mês, pretende-se promover um espaço de encontro, reflexão e celebração da poesia, na expectativa de transmitir uma perspetiva renovada sobre o que nos rodeia.
As sessões têm entrada livre.