O arranque será com música e teatro, mas também haverá espaço para a conversa e para o o cinema. Já começa a ser tradição… Depois da festa do São João, ânimos ao alto e a programação continua. De 30 de junho a 30 de julho , as Noites no Pátio do Museu estão de volta ao Polo Central (Reitoria) do Museu de História Natural e da Ciência da U.Porto (MHNC-UP). Sempre às 21h30 e com entrada gratuita.
“Abrimos as hostilidades” com quem à Saliva atribui o estatuto de Diva! Confuso? O post-rock, e o math-rock (rock alternativo e indie) podem, ou não, estar “romanticamente envolvidos com a música étnica e latina?” Para além do pop e do punk, paradoxo que reflete “a realidade do mundo moderno” é possível que identifique algumas referências a cartoons . Estamos a falar de Melquiades, a banda que prossegue a sua “viagem étnico-espiritual” e “que une por fios musicais e não só o fim do cosmos às mais remotas praias da Caparica”.
António Agostinho, Luís Lucena, João Abelaira Nascimento e Miguel Abelaira são os “peregrinos” que vão abrir o palco das Noites do Pátio do Museu, dia 30 de junho às 21h30. A Saliva Diva? É a editora independente que os traz ao palco!
No sábado, 1 de julho… Outra viagem musical que faz ponto de cruz entre fronteiras. Vai ser “enlaçado” por esta diferença entre sonoridades. Chegam de Guimarães e chamam-se Noturno. Há uma narrativa cénica que une música coral e polifonias tradicionais portuguesas. Diferentes gerações de mulheres portuguesas estabelecem um diálogo entre o erudito e o popular. Em palco vão estar o coro Jovens Cantores de Guimarães e as Cantadeiras do Núcleo de Etnografia e Folclore da Universidade do Porto (NEFUP). Sempre com a noite em pano de fundo, com elas vamos percorrer diferentes épocas e estilos musicais, unindo a história feminina às tradições, ao imaginário e às superstições.
Domingo, 2 de julho, encerramos o fim-de-semana com teatro. Lembrar é o título do ciclo de performances do Teatro Universitário do Porto (TUP).
Depois de uma pausa na segunda-feira, as Noites voltam ao Pátio do Museu a 4 de julho, terça-feira, pelas mãos do duo japonês Tomorô. Em palco vão estar Tetsuro Naito, no tambor japonês, e Tomoko Takeda, na shinobue, uma flauta transversal japonesa de tessitura aguda. A inspiração vem da música Edo-Bayashi que é tocada, em configurações instrumentais variáveis, durante o festival de música de Tóquio. Trazem uma complexidade rítmica associada ao lirismo exótico da flauta.
No dia 5 de julho, quarta-feira, abrimos as gaveta dos tesouros do MHNC-UP. José Manuel Grosso-Silva, curador das coleções de entomologia, vai abrir um janela para o acervo que inclui dezenas de pequenos dioramas. Foram produzidos por uma empresa alemã, entre 1924 e 1950, e retratam ciclos de vida, interações e comportamentos de algumas espécies de insetos presentes em Portugal.
Dia 6 de julho, o Festival Internacional de Cinema Ambiental da Serra da Estrela faz uma paragem no Museu. É isso mesmo, o Pátio do MHNC-UP recebe uma extensão do CineECo. La Fabrique des pandémies é um documentário, de Marie-Monique Robin, que nos vai levar por quatro continentes para abordar questões relacionadas com doenças infeciosas.
Antes de entrar, uma ideia base: 70% são doenças transmitidas de animais para humanos. Alguns “ecologistas de doenças” vão relacionar modificações causadas ao ambiente com o aparecimento de doenças infeciosas. E cruzar pandemias com o colapso da biodiversidade provocada por ação humana.
A 7 de julho, com o filme Prefácio a Vergílio Ferreira (1975), dá-se início ao ciclo Lauro António em Retrospetiva. É a uma experiência desencantada aquela a que se vai assistir. Sem vocação, António é um jovem seminarista que se sacrifica pela promoção social da família. No entanto, os mecanismos repressivos dos mentores, o desabrochar erótico e o conflito dos desejos, vão precipitar um protesto de renúncia e rebeldia. Como acaba este jogo entre tensões? É vir cá para descobrir!
Sábado, 8 de julho, vamos ficar com música do renascimento português. Tiago Matias é um interprete de música antiga em guitarra barroca e outros instrumentos de corda de época. Tem já dois discos publicados e premiados: Sospiro e Cifras de Viola.
Fechamos este primeiro conjunto de eventos À Volta da Contradança: da Assembleia Setecentista ao Baile Tradicional. Resultado da parceria entre o NEFUP e a associação La Portingaloise, a proposta para a Noite de 9 de julho, domingo, relaciona as contradanças da nobreza, nos salões das cortes do século XVIII, com as contradanças que hoje se dançam nos bailes das encostas da serra de Montemuro e também na região do Porto e de Lisboa.
As Noites no Pátio do Museu tiveram a sua primeira edição em 2020 e assim continuam. Esta semana é apenas um aperitivo, a programação continua até ao final do mês... O verão convida a sair e, para aquelas noites em que o frio desmotiva, também há mantinhas para aquecer…