A semana de trabalho dos colaboradores da Universidade do Porto já não é a mesma desde a chegada da “Pausa Ativa”. Após a fase “piloto”, iniciada em fevereiro de 2019, na Reitoria, já aderiram também ao projeto as faculdades de Arquitetura, Belas Artes, Ciências, Engenharia, Farmácia, Letras e Medicina, o Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS) e o Parque de Ciência e Tecnologia da U.Porto (UPTEC).
Ao todo, são então já cerca de 500 colaboradores da U.Porto que, duas vezes por semana, recebem a visita técnicos do Centro de Desporto da U.Porto (CDUP-UP) e usufruem de 15 minutos de pausa no tempo laboral. Mas não para descansar… Nesse período, os trabalhadores são desafiados a reforçar alguns grupos musculares através dos exercícios propostos pelos técnicos, “contrariando um bocadinho o excessivo tempo sedentário que existe em quase todas as nossas atividades laborais”, como explica Joana Carvalho, Pró-Reitora da U.Porto com o pelouro do Desporto.
Para o coordenador do projeto, Hugo Rodrigues, o sucesso da “Pausa Ativa” deve-se “aos próprios colaboradores e às Unidades Orgânicas que aderiram a este projeto de uma forma espetacular com total abertura e dispostos a participarem sem restrições, deixando-nos entrar nos seus gabinetes e mantendo sempre uma predisposição fantástica”.
O responsável enaltece igualmente a importância dos próprios técnicos do CDUP-UP “que diariamente trabalham neste projeto, com grande motivação e afinco”.
Quais as vantagens da “Pausa Ativa”?
Apesar de serem “só” 30 minutos por semana, os efeitos da “Pausa Ativa” já se fazem sentir entre os colaboradores da U.Porto. Como? Hugo Rodrigues destaca as “melhorias posturais adotadas no local de trabalho. Por outro lado, aquelas pequenas dores/tensões e desconfortos que eram relatados, mas que agora, através dos feedbacks que recebemos diariamente, estão bastante melhores, mostram-nos também melhorias significativas na mobilidade articular, o que permite melhorar e muito a qualidade de vida. Por último, dizem-nos que sentem que conseguem, durante o tempo de pausa, aliviar algum stress inerente do próprio trabalho melhorando assim o desempenho das suas funções”.
Na verdade, os efeitos da “Pausa Ativa” vão muito para além do aspeto físico e acabam por tocar outros aspetos relacionados com “a promoção do lazer e bem-estar” dentro da Universidade. “Ao longo do tempo vamos construindo e melhorando as próprias relações interpessoais e as dinâmicas de grupo nos gabinetes”, revela o coordenador do projeto.
Por tudo isso, a “Pausa Ativa” promete não ficar por aqui. O objetivo passa agora por levar projeto às restantes unidades orgânicas da Universidade do Porto. “Queremos pôr toda a Universidade com melhor qualidade de vida e que a atividade física faça parte do seu dia-a-dia!”, conclui Hugo Rodrigues.