Foi uma das revistas mais importantes do Portugal do século XX e a sua história confunde-se com a do próprio país. A mesma que pode ser percorrida na exposição “Seara Nova: 100 anos de ação e pensamento crítico”, que estará patente de 29 de janeiro a 19 de fevereiro, na Faculdade de Economia da Universidade do Porto (FEP).

Através desta exposição itinerante, pretende-se dar a conhecer a história da fundação e das motivações que levaram à criação da Seara Nova. Pelo caminho, os visitantes são convidados a saber mais sobre os fundadores, o espírito seareiro, os diretores e colaboradores ao longo destes cem anos, a intervenção política, as polémicas que se travaram nas páginas da revista, a memória gráfica, a censura e o seu impacto na vida da revista e do país.

A exposição continuará depois a sua digressão pelo país, passando  por Vila Real, Braga, Faro, Setúbal, Évora e Santarém, perpetuando assim o legado da revista fundada a 15 de outubro de 1921, por Aquilino Ribeiro, Augusto Casimiro, Azeredo Perdigão, Câmara Reys, Faria de Vasconcelos, Ferreira de Macedo, Francisco António Correia, Jaime Cortesão, Raul Brandão e Raul Proença, com o desígnio de elevar o país, ética e culturalmente, através de um espaço de reflexão que mobilizasse à ação.

As comemorações do centenário da Seara Nova na Universidade do Porto incluem também a projeção do documentário «Há 100 anos, a Seara Nova», realizado por Diana Andringa. A sessão terá lugar nos dias 18 e 19 de fevereiro, às 18h30, no auditório da Casa Comum (Reitoria).

Também no dia 18 de fevereiro, a FEP acolhe o Colóquio «Elites e Utopias: nos 100 anos da Seara Nova», organizado pelo Instituto de Filosofia da Universidade do Porto. O leque de oradores inclui nomes como Guilherme d’Oliveira Martins, Luís Manuel Bernardo, Joaquim Pinto, Renato Epifânio, Celeste Natário, Luísa Borges, Luísa Malato, Samuel Dimas, André Barata, Luís Garcia Soto, Luís Lóia e Paulo Borges.

Mais informações sobre o centenário da revista estão disponíveis aqui.