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Participação teve como objetivo estabelecer parcerias e dar a conhecer a FaceDecode a investidores internacionais. (Foto: DR)

“Aprender, aprender, aprender”. Foram estas as palavras de Verónica Orvalho, investigadora da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP) e do Instituto de Telecomunicações (IT) e uma das mentes criadoras do FaceDecode, quando questionada sobre o que esperava da participação no WebSummit, uma das mais importantes conferências tecnológicas da Europa, que decorreu entre os dias 4 e 5 de novembro, na Irlanda.

Depois de ter sido selecionada como “beta participants”, a equipa Face Decode – We make faces decidiu arriscar um pouco mais e avançar para uma difícil e competitiva seleção na categoria PITCH. Acabaram por ser uma das startups escolhidas, de entre as 1500 concorrentes.

Sendo um evento de renome no panorama tecnológico e de startups, a equipa partiu para a com dois objetivos muito concretos em mente: estabelecer parcerias que ajudem na consolidação do negócio e dar a conhecer a FaceDecode a investidores e especialistas da indústria do entretenimento, que pudessem “tornar-se parte desta aventura”, conta Verónica Orvalho.

As expectativas foram superadas e a experiência, de uma maneira geral, “recompensadora”. “Voltámos com um feedback extremamente positivo do nosso projeto. Temos agora uma visão mais clara acerca do nosso mercado-alvo e do impacto que a nossa tecnologia pode trazer à indústria dos videojogos”, acrescenta a investigadora da U.Porto.

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É FaceDecode uma aplicação que permite criar, em poucos minutos, avatares prontos a utilizar em e todo o tipo de conteúdos digitais. Foto: DR

Sobre a FaceDecode

Se a tecnologia pudesse ser descrita numa só frase seria: “Duplica a tua realidade transformando o teu “eu” real num eu” virtual”, explica a investigadora. É uma aplicação que permite que qualquer pessoa crie, em cerca de vinte minutos, avatares prontos a utilizar em filmes, videojogos e todo o tipo de conteúdos digitais. Além de inovadora, a solução é também mais económica do que as atuais, uma vez que contempla todos os passos da produção dos avatares e com equipamentos low-cost (um telemóvel ou uma câmara fotográfica).

Os próximos passos estão centrados em consolidar o primeiro grande cliente bem como terminar o primeiro caso de estudo “onde qualquer pessoa deverá poder criar o seu avatar, inserindo-o numa experiência de realidade virtual”, explica Veronica Orvalho. Na opinião da investigadora, participar em eventos deste género é importante para a equipa se testar a si própria, e ao seu potencial como empresa, mas também para ter uma noção mais clara sobre o seu posicionamento no que toca à competição no setor a nível mundial.

A edição de 2016 do Web Summit vai decorrer, pela primeira vez, em Portugal.