Carlos Silva, estudante da Faculdade de Letras, vê o prémio como um estímulo “para continuar a lutar e dar o meu melhor” pela área e pela instituição a que pertence.

Carlos Silva tem 19 anos e é natural de Câmara de Lobos, na Madeira. Terminou o primeiro ano da Licenciatura em Línguas, Literaturas e Culturas na Faculdade de Letras, no ramo bidisciplinar Português e Línguas Clássicas, com uma média de 18,9 valores e é um dos 22 estudantes da U.Porto distinguidos na edição 2017 do Prémio Incentivo, entregue no Dia da Universidade.

– Uma razão para ter escolhido a U.Porto?
Escolhi a Universidade do Porto pela cidade em si e pela recomendação do professor Eduardo Lourenço, com quem tive uma aprazível conversa após uma das suas conferências. Quando lhe falei dos meus planos para o futuro, nomeadamente no que dizia respeito à universidade, ele disse-me: “Vá para o Porto, lá tem boa gente”, referindo-se ao pessoal docente (algo que vim a confirmar).

– O  balanço deste primeiro ano na Universidade?
Este primeiro ano foi sobretudo de novidade, de descoberta e de integração. Creio que foi um sucesso a nível pessoal e, com muito trabalho e uma “pitada” de sorte, espero que os vindouros também o sejam.

– De que mais gosta na Universidade do Porto?
Considero que o melhor está nas pessoas que a constituem, acima de tudo, nos professores e estudantes, e no produto que nasce da colaboração entre os dois. Outro aspeto bastante positivo é a valorização e o incentivo à investigação jovem.

– De que menos gosta na Universidade do Porto?
Não gosto da inflexibilidade e das barreiras muitas vezes colocadas pelos órgãos dirigentes a algumas iniciativas e pedidos por parte de professores e estudantes. Condeno a “política de números” que, por vezes, vemos asfixiar a instituição, pois somos mais do que isso.

– Uma ideia para melhorar a Universidade do Porto?
Estreitar as relações entre Reitor, diretores das Faculdades e professores, ouvindo todas as partes e tratando todas as áreas de forma equitativa. Digo isto, porque vejo, muitas vezes, as Letras a serem menosprezadas e, como dizia já António Ferreira no século XVI: “Boas Letras, Senhor, não são baixezas”.

– Um desejo para a Universidade do Porto, no seu aniversário?
Desejo que a Universidade do Porto continue o excelente trabalho que tem feito, e que lime as poucas arestas que ainda existem e, deste modo, acredito que, em breve, brilhará entre as 10 melhores universidades do Mundo.

– Qual a importância do Prémio Incentivo para o futuro?
Como o próprio nome indica, constitui um grande incentivo para continuar a lutar e dar o meu melhor, dia após dia, pela minha área e pela instituição a que pertenço, a Universidade do Porto.