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Os investigadores do DFL trabalham na exploração de modos de produção inovadores em arquitetura. (Foto: FAUP)

Se imaginarmos um gabinete de arquitetura, o mais certo é virem à cabeça estiradores, lápis e maquetes de cartão. Mas o que acontece se acrescentarmos à equação capacetes de obras e máquinas robotizadas de proporções industriais? A resposta pode agora ser encontrada no Laboratório de Fabricação Digital (DFL – Digital Fabrication Lab) da Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto (FAUP), inaugurado no passado dia 11 de março.

Localizado na Praça Coronel Pacheco, paredes-meias com o Polo das Indústrias Criativas do Parque de Ciência a e Tecnologia da U.Porto (UPTEC PINC), o novo espaço serve de palco ao trabalho desenvolvido pelo DFL, o grupo de investigação do Centro de Estudos de Arquitetura e Urbanismo da FAUP (CEAU/FAUP) dedicado ao estudo da utilização de tecnologias avançadas de desenho e fabricação digital no campo do projeto e na construção em arquitetura. Ali espera-se que nasçam soluções personalizadas (não-standard) e materiais inovadores para as indústrias da arquitetura e da construção.

Para o desenvolvimento do seu trabalho, o DFL conta com um braço robótico único país que permite desempenhar várias tarefas do ponto de vista da produção.  Foi ali que ganhou forma o primeiro projeto comercializado pelo grupo,  um material de cortiça para revestimento de fachadas.

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Novo laboratório acolhe também atividades educativas (workshops, exposições, entre outras) ligadas ao trabalho do DFL (Foto: DFL).

Para Carlos Guimarães, Diretor da FAUP, a abertura do novo laboratório configura”um passo significativo no alargamento do que é o entendimento tradicional da própria arquitetura e da sua investigação, pois criará ‘coisas menos comuns’ em design de produto, na reconfiguração de materiais ou nas novas tecnologias construtivas”, destacou em declarações ao Jornal de Negócios.

Para além de acolher projetos de I&D (independentes e em parceria com as empresas), o laboratório servirá ainda para apoiar a atuação do DFL ao nível da promoção de atividades educativas (workshops, exposições, etc.), de extensão universitária e de divulgação.

A sessão de inauguração contou com intervenções de Carlos Guimarães, Diretor da FAUP, e José Pedro Sousa, professor da FAUP e Coordenador do DFL, e com a presença de docentes e estudantes da FAUP e parceiros do projeto. A cerimónia contou ainda com uma visita à exposição de trabalhos produzidos no contexto da DFL e uma demonstração sobre a utilização de tecnologia robótica aplicada ao projeto e construção não-standard em Arquitetura.

Acompanhe o trabalho do DFL em http://dfl.arq.up.pt/ ou no Facebook.