Equipa liderada por Helder Maiato conseguiu manipular reação que leva à morte de células cancerigenas

Equipa liderada por Helder Maiato estabeleceu um novo paradigma no controlo da divisão celular.

O trabalho inovador desenvolvido na área da divisão celular pela equipa de Hélder Maiato, investigador do Instituto de Biologia Molecular e Celular da Universidade do Porto (IBMC), foi distinguido com a edição 2014 do Prémio Pfizer, na categoria de Investigação Básica. O galardão, no valor de 20 mil euros e considerado a mais antiga distinção na investigação biomédica em Portugal, foi entregue esta quarta-feira, em Lisboa.

O grupo de Helder Maiato demonstrou que a região central das células em divisão é capaz de medir a posição dos cromossomas, estabelecendo um novo paradigma no controlo da divisão celular. O mecanismo atrasa um dos últimos passos da divisão celular – a formação dos novos núcleos – para garantir que os cromossomas se distribuem corretamente entre as células-filhas.Esta descoberta no campo da divisão celular pode ter “fortes implicações para a saúde humana”, uma vez que permite descodificar uma base comum essencial para a vida de todos os organismos”, destaca Hélder Maiato.

Para além da equipa portuense, os Laboratórios Pfizer e a Sociedade de Ciências Médicas de Lisboa (SCML) distinguiram ainda as equipas lideradas lideradas pelos investigadores Henrique Veiga-Fernandes e João Taborda Barata, ambos do Instituto de Medicina Molecular de Lisboa, nas categorias de Investigação Básica e Investigação Clínica, respetivamente.

Na edição deste ano foram apresentados 72 trabalhos para avaliação, correspondendo 51 candidaturas à área da Investigação Básica e 21 á área da Investigação Clínica. O júri, composto por investigadores, professores universitários e médicos de reconhecido mérito, norteou as decisões com base em rigorosos critérios científicos, definidos em regulamento.

A cerimónia de entrega dos prémios decorreu na Sala dos Atos da Faculdade de Ciências Médicas de Lisboa (FCML) e contou com a presença da Secretária de Estado da Ciência, Leonor Parreira.

Sobre os PRÉMIOS PFIZER

Reconhecida como a mais antiga distinção na investigação biomédica em Portugal, os Prémios Pfizer foram criados em 1955 com o objetivo de estimular e desenvolver a investigação científica, cobrindo todos os ramos da medicina humana. Atualmente, o galardão distingue os melhores trabalhos de investigação básica e clínica, elaborados total ou parcialmente em instituições portuguesas por investigadores portugueses ou estrangeiros e conferem anualmente um prémio monetário no valor de 20.000 euros para cada um dos projetos vencedores em cada área. Ao longo dos 58 anos de existência dos prémios, já foram reconhecidos mais de 500 investigadores.